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Estado de Minas

Coutinho frisa em NY ritmo de desembolsos do BNDES


postado em 27/02/2013 17:05

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) começou o ano em ritmo forte de desembolsos, com volume no primeiro bimestre chegando a R$ 20 bilhões, segundo seu presidente, Luciano Coutinho. Ele preferiu não falar em meta para o ano, mas frisou que a intenção do BNDES é priorizar linhas para financiar investimento de longo prazo, ao invés de crédito de curto prazo, como capital de giro. Coutinho destacou que o volume total de recursos a ser liberado até dezembro vai depender da demanda.

Segundo ele, em janeiro, o volume de desembolso foi 43% maior do que no mesmo mês de 2012, somando R$ 10,1 bilhões. Em fevereiro, dados preliminares indicam que o volume soma R$ 10 bilhões até agora. "Considerando que é um mês mais curto e com carnaval, é um volume expressivo", disse o presidente do BNDES. Em fevereiro do ano passado, foram R$ 8,1 bilhões.

Descontando efeitos sazonais, Coutinho avalia que os primeiros números do BNDES de 2013 sinalizam que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) está se recuperando. "A venda de caminhões, ônibus e máquinas continua no impulso que veio de novembro e dezembro do ano passado."


Além da expansão dos desembolsos, Coutinho ressaltou que o ritmo de consultas ao banco continua forte, no mesmo nível dos três últimos meses de 2012. O setor de logística, disse, é um dos que mais têm feito consultas para empréstimos.

Coutinho não quis falar em metas de desembolsos neste ano. O orçamento está sendo revisto e a ideia é priorizar a formação bruta de capital, que são recursos de mais longo prazo para financiar o investimento. Com isso, o banco pretende enxugar linhas de mais curto prazo, como capital de giro. Em 2012, o banco liberou R$ 156 bilhões, dos quais estimativas apontam R$ 127 bilhões para investimento.

Sobre a capitalização do banco, prevista para o segundo semestre e que pode chegar a R$ 8 bilhões, Coutinho não comentou. Disse apenas que o BNDES não tem urgência para ser capitalizado, pois seu balanço está "sólido" e o nível de Basileia (de cerca de 15%) é adequado. "Essas tratativas são normais. Como o banco paga dividendos ao Tesouro, ao pagá-los, o banco deixa de se capitalizar. É um procedimento normal, o banco e o Tesouro conversarem a respeito desse tema."

Coutinho recebeu nesta quarta-feira o prêmio "Líder Global de Infraestrutura do Ano" no 6th Global Infrastructure Leadership Forum, um evento para discutir investimentos em infraestrutura em diversos países e que termina na sexta-feira (1º de março).


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