Os três maiores partidos políticos do México se uniram para enfrentar os três empresários mais poderosos do país, incluindo o homem mais rico do mundo, Carlos Slim, através da negociação de um amplo conjunto de revisões constitucionais para aumentar a concorrência na telefonia e nos mercados de televisão.
Negociadores dos partidos políticos elaboram mudanças que fortaleçam os reguladores do governo, permitam o leilão de duas novas redes nacionais de televisão, além de levantar as restrições sobre o investimento estrangeiro para a telefonia fixa, entre outras medidas.
Duas pessoas próximas às negociações disseram que havia algumas questões a serem resolvidas, mas elas estavam otimistas de que um acordo poderia ser alcançado e um projeto de lei apresentado ao Congresso já na semana que vem.
"Nós estamos perto. Acho que vamos conseguir resolver isso de forma positiva", disse Jesus Zambrano, presidente do esquerdista Partido da Revolução Democrática. Dois membros do Partido Revolucionário Institucional (PRI), do presidente Enrique Peña Nieto, se recusaram a discutir os detalhes, mas também disseram que um acordo estava próximo, assim como um funcionário do Partido de Ação Nacional (PAN), de extrema-direita.
As mudanças visam aumentar a concorrência em dois mercados críticos na economia do México, paralisados pelos monopólios há anos. A América Móvil, de Slim, controla 75% das linhas de telefonia fixa e 70% dos telefones móveis e de banda larga do país. Duas empresas de televisão, o Grupo Televisa e a TV Azteca formam um duopólio na TV.