Depois de encerrar 2012 com alta de 8,4% no volume de vendas, o comércio brasileiro voltou a acumular saldo positivo no primeiro bimestre de 2013. Pesquisa divulgada ontem pela Serasa Experian mostrou que o movimento de clientes no varejo saltou 14,4% no confronto entre fevereiro passado e o mesmo mês do ano anterior. Em janeiro, na comparação com igual período do exercício último, a alta havia sido de 13,8%. O Indicador de Atividade do Comércio funciona como um termômetro no faturamento. Entretanto, na comparação com janeiro de 2013, houve queda de 0,5% no mês passado, descontados os efeitos sazonais.
Tanto Ivo quanto a economista da CDL-BH Ana Paula Bastos recordam que outro fator positivo em BH será a Copa das Confederações, que ocorrerá em junho. “O comércio mineiro é muito forte. Em Belo Horizonte, 83% do Produto Interno Bruto (PIB) são formados pelo comércio/serviços. A previsão de crescermos 6,5% fica ainda mais importante quando lembramos que será um aumento sobre uma base forte registrada em 2012”, acrescentou Ana Paula, que se referiu ao avanço de 6,7% apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa da Serasa Experian mostrou que a alta de 14,4% – no confronto fevereiro de 2013 e mesmo mês de 2012 – foi puxada, principalmente, pelos segmentos de móveis, eletroeletrônicos e informática (16,7%), combustíveis e lubrificantes (12,9%) e supermercados (6,1%).
FREIO NA CONFIANÇA Mas a onda positiva no varejo teve uma piora no trimestre encerrado em fevereiro. É o que mostra pesquisa também divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Comércio (Icom) registrou variação interanual trimestral de -0,9% (para 122,7 pontos) na comparação com o mesmo período em 2012 (123,8 pontos). Em relação a janeiro passado, quando a pontuação havia sido de 126,1 pontos, houve queda de 2,7%.
"A piora relativa do indicador foi determinada por expectativas menos otimistas em relação aos meses seguintes. O resultado favorável do Índice da Situação Atual sugere ritmo de atividade ainda intenso do setor neste primeiro trimestre de 2013", informou a FGV, em nota.