Os dois aumentos no preço do diesel e a previsão de alta de até 1 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic, no médio prazo, que deverá subir de 7,25% para 8,25% ao ano, não deverão causar impacto na produção e nem nas vendas de veículos automotores, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A previsão de crescimento do País maior que no ano passado, as obras de infraestrutura, o crédito ainda farto e o cenário de juros baixos com uma safra recorde no setor de máquinas agrícolas justificam a avaliação.
Por isso, a entidade mantém a estimativa, divulgada no ano passado, de alta de até 4,5% nas vendas de autoveículos e de até 5% nas de máquinas agrícolas em 2013 sobre 2012. Já Milton Rego, diretor de máquinas agrícolas da Anfavea, considera neutra a alta do diesel nos custos de produção. Ele lembrou que os produtores estão capitalizados e que as regras de financiamento para o setor independem da Selic. Os juros para máquinas são de 3% ao ano pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI). "O PSI seguirá como indutor de vendas e o momento é de renovação da frota de tratores e colheitadeiras agrícolas", concluiu.