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Estado de Minas

Há mais vagas para as mulheres na Grande BH

Pesquisa mostra que mulheres têm mais chances de emprego em BH


postado em 07/03/2013 06:00 / atualizado em 07/03/2013 08:22

(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
A Grande BH é a região metropolitana do país com menor diferença de oportunidades para homens e mulheres. Comparativo feito pelo Estado de Minas com base na Pesquisa de Emprego e Desemprego, elaborada pela Fundação João Pinheiro em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que a Grande BH tem a menor variação entre a taxa de desocupação masculina e feminina. O estudo aponta que o nível de desemprego entre mulheres é 31,1% maior que o de homens, enquanto no Distrito Federal a discrepância é de 57,29%.

No ano passado, a capital mineira e as 33 cidades que integram a região metropolitana apresentaram forte redução na taxa de desemprego, caindo de 7% em 2011 para 5,1%. A diminuição, no entanto, foi mais acentuada quando se consideram somente as mulheres. A queda foi de 31,4%, passando de 8,6% para 5,9%, ante queda de 18,2% entre homens (de 5,5% em 2011 para 4,5% em 2012). Com isso, é possível perceber maior aproximação de oportunidades entre gêneros. A universitária Lívia Jangola contribui para engordar a fatia feminina com emprego. Aos 18 anos, ela decidiu ingressar no mercado de trabalho e, apesar da falta de experiência, não teve dificuldade em conseguir a primeira oportunidade, em uma loja de roupas. Ela conta que estava ansiosa por preencher o currículo. “É difícil alguém sem experiência ser contratado, mas eu fui”, afirma a jovem.

A maior facilidade entre mulheres para obter uma vaga no mercado de trabalho pode ser vista como um significativo avanço, mas, em contrapartida, quando se fala em rendimentos, a diferença entre salários cresceu no ano passado. Em 2011, segundo a pesquisa, as mulheres ganhavam em média 73,2% dos salários dos homens, enquanto no ano passado a diferença cresceu para 71,7%. Até mesmo no serviço público, onde o mérito tende a ser maior, o percentual se mantém. A coordenadora técnica da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese, Gabrielle Selani, afirma que isso se dá pela inserção de mulheres em cargos com remunerações menores. “As mulheres se encontram em ocupações menos prestigiadas. É mais comum encontrar um professor na universidade e uma professora no ensino médio”, afirma Gabrielle. O único setor em que elas ganham mais que eles é o da construção civil. Não por acaso, é o setor em que as mulheres estão menos presentes. Apenas 1,3% do total. A pesquisadora explica que quando presentes no setor elas conseguem se encaixar em cargos superiores.


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