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Estado de Minas

Economista vê impacto de 0,6 ponto percentual no IPCA com desoneração da cesta básica

Repasse não deve ser integral, diz diretor de pesquisas do Bradesco


postado em 11/03/2013 11:17 / atualizado em 11/03/2013 11:20

Se toda a desoneração da cesta básica anunciada na sexta-feira (08) pela presidente Dilma Rousseff for repassada ao consumidor, o impacto sobre o IPCA será de 0,60 ponto porcentual. O cálculo é do diretor de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, Octavio de Barros. Mas ele não espera que o impacto na inflação ocorra de forma integral. "Creio que não será tudo repassado, mas a maior parte é bem provável", afirma o economista e diretor do Bradesco. "Parece justo considerarmos inicialmente 0,40 ponto porcentual em nossas projeções."

Pelas contas de Barros, o impacto da desoneração do PIS/Cofins no preço do açúcar será de 0,07 ponto porcentual; nas carnes, de 0,36 ponto; no óleo de soja, de 0,05 ponto; no café, de 0,04 ponto porcentual; e nos produtos de higiene, de 0,08 ponto porcentual.

Na sexta, a presidente Dilma anunciou em rede de rádio e televisão a redução do PIS/Cofins de 9,25% para zero para carnes, café, óleo, manteiga, açúcar e papel higiênico. A pasta de dente e o sabonete eram tributados em 12,5% e também tiveram a alíquota de PIS/Cofins zerada. No caso de açúcar e sabonete, o IPI caiu de 5% para zero. Os demais produtos da cesta básica (leite, feijão, arroz, farinha de trigo ou massa, batata, legumes, pão e frutas) já tinham PIS/Cofins e IPI zero.

Assim, pelas contas do Bradesco, o IPCA fecharia em 0,35% em março, em 0,23% em abril e em 0,15% em maio. No ano, de acordo com Barros, o IPCA fecharia em 5,25%.


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