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Estado de Minas

Calote registra quarta queda mensal

Consumidor honra mais as dívidas e faz inadimplência cair 3,4% em fevereiro, mas no acumulado do ano alta é de 11,5%


postado em 13/03/2013 06:00 / atualizado em 13/03/2013 07:48

A inadimplência dos consumidores manteve a trajetória de desaceleração em fevereiro iniciada no fim do ano passado. O índice de atrasos apurado pela Serasa Experian caiu 3,4% na comparação com o primeiro mês de 2013, no quarto recuo mensal consecutivo. O índice, contudo, ainda é 10% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano ante igual intervalo de 2012, o índice ainda acumula alta de 11,5%. O excesso de operações de crédito em 2010 e 2011 levou os níveis de inadimplência a máximas recordes no meio do ano passado e reduziu a procura por novas contratações.

Consumidores endividados priorizaram o pagamento dos débitos e evitaram contrair novas dívidas. Os bancos também adotaram postura mais conservadora e retraíram a oferta de crédito. O resultado dos dois movimentos, somado a fatores como a concorrência de produtos importados, contribuiu para o fraco desempenho da economia. O crescimento do PIB em 2012, de 0,9%, foi o menor desde 2009.

Nos últimos meses do ano passado, com a priorização do pagamento de dívidas, os índices de inadimplência iniciaram uma trajetória de recuperação. Economistas da Serasa atribuem o fenômeno ao baixo nível de desemprego, o crescimento da renda e a taxas de juros mais baixos.

Com maior renegociação de dívidas, houve leve melhora na procura por crédito após o período de recuo no ano passado. A demanda por novos financiamentos cresceu em fevereiro pelo quinto mês seguido, um sinal de que consumidores já encontram mais espaço para contrair crédito novo.


Na comparação com janeiro, todas as modalidades da inadimplência apresentaram queda em fevereiro. As dívidas com os bancos recuaram 2,8%. As não bancárias – cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água – desaceleraram 1,2%. Já os títulos protestados e os cheques sem fundos caíram 23,1% e 16,2%, respectivamente.

O valor médio das dívidas não bancárias foi o único que caiu (19,3%) no primeiro bimestre ante o mesmo período de 2012. Já o valor médio dos cheques sem fundos subiu 11,9%, o dos títulos protestados, 1,3%, e o das dívidas com bancos, 2,6%, todos na mesma base de comparação.

Recuo recorde dos juros

Dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostram que a taxa média de juros cobrada ao mês dos consumidores, que passou de 5,43% em janeiro para 5,42% em fevereiro, bateu recorde histórico ao atingir o menor nível desde 1995, quando a pesquisa começou a ser feita.
Em fevereiro, a taxa média apresentou recuo de 0,18% ante janeiro. Segundo a Anefac, das seis linhas de crédito pesquisadas para pessoas físicas, duas se mantiveram inalteradas (cartão de crédito rotativo e CDC bancos – financiamento de veículos); três foram reduzidas (cheque especial, empréstimo pessoal – bancos, e empréstimo pessoal – financeiras); e uma foi elevada (juros do comércio).

Em nota, a Anefac diz que "a expectativa é de que as taxas de juros voltem a ser reduzidas nos próximos meses por causa da melhora da economia, pela maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos promoverem reduções em suas taxas de juros, bem como com a expectativa de redução dos índices de inadimplência".


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