O crescimento do grupo das 20 maiores economia do mundo (G-20) apresentou uma desaceleração no último trimestre de 2012, pressionado por contrações em todos os países do oeste europeu, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Por outro lado, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, México, da Coreia do Sul e África do Sul cresceu a um ritmo mais rápido entre outubro e dezembro que nos três meses anteriores.
Dados da OCDE mostram que o PIB combinado do G-20 teve expansão de 0,5% no quarto trimestre, ligeiramente menor do que a alta de 0,6% verificada no trimestre anterior. No Brasil, a economia cresceu 0,6% no quarto trimestre, após expandir 0,4% entre julho e setembro. Em todo o ano de 2012, o PIB do G-20 cresceu 2,8%, significativamente menos que o aumento de 3,8% visto no ano anterior.
A OCDE, com sede em Paris, disse que houve "padrões divergentes" entre os países do G-20, que envolveram basicamente contrastes entre as retrações da Alemanha, do Reino Unido, da França e Itália e expansões em outras nações, com exceção dos EUA e do Japão, cujas economias ficaram estáveis.
Diante de indicadores de crescimento tão desequilibrados e da queda na confiança de empresas e consumidores em meio às incertezas ligadas à crise da zona do euro e às dificuldades fiscais dos EUA, os economistas não esperam uma recuperação do ritmo de expansão global no curto prazo.
Indicadores antecedentes publicados pela OCDE na segunda-feira (04) mostraram que haverá aumento no crescimento de todas as economias desenvolvidas nos próximos meses, mas sugeriram que a expansão na China e Índia será mais fraca. No quarto trimestre, a China teve o melhor desempenho entre os membros do G-20, com alta de 2% do PIB em relação aos três meses anteriores.