São Paulo, 14 - O número de novos registros de consumidores inadimplentes no País caiu 4,4% em fevereiro, na comparação com janeiro, descontados os efeitos sazonais. De acordo com dados da Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), houve queda de 5,5% em relação a fevereiro de 2012. Já na comparação dos últimos 12 meses (período de março de 2012 a fevereiro de 2013 contra os 12 meses anteriores), o indicador acumulou alta de 2,1%.
Para a empresa, o resultado de fevereiro "manteve a tendência de queda observada no mês anterior, reflexo da continuidade dos impactos positivos das melhores condições do crédito na economia, influenciadas pela queda da taxa básica de juros e spreads bancários, e do aumento da população com vínculo empregatício ao longo de 2012". A empresa avalia que esses fatores vão contribuir para um baixo crescimento do número de inadimplentes em 2013, "fechando o ano com um aumento de aproximadamente 2%".
O valor médio das dívidas em fevereiro, de R$ 1.224, foi 1,34% maior do que o registrado em janeiro, com ajustes de sazonalidade e inflação. Todas as regiões tiveram queda na comparação de fevereiro com janeiro, com destaque para o Nordeste (-8,4%). Em relação a fevereiro de 2012, as reduções mais expressivas ocorreram nas regiões Sudeste (-8,8%) e Sul (-5,6%). Na análise de 12 meses, porém, os resultados se mantiveram positivos em todas as regiões, com destaque para o Centro-Oeste (4,6%) e Sudeste (2,6%).
Recuperação de Crédito
O indicador de recuperação de crédito, calculado a partir do número de exclusões dos registros de inadimplentes, cresceu 2,7% em fevereiro ante janeiro, sem os efeitos sazonais. Na comparação com fevereiro de 2012, a alta foi de 4,6% e, em 12 meses, de 10,8%. A empresa espera que "fatores como as melhores condições do mercado de crédito e aumento da população empregada contribuam positivamente para a recuperação de crédito em 2013".
Dentre as regiões, o indicador do Nordeste caiu 2,2% e do Sul recuou 0,6% em fevereiro ante janeiro, descontados os efeitos sazonais. As outras regiões tiveram expansão, com destaque para o Sudeste (5,4%).