Rio de Janeiro, 19 - Os gastos com habitação pesaram no bolso das famílias e puxaram a aceleração no Índice de Preços ao Consumidor - M (IPC-M), um dos três indicadores que compõem o IGP-M. Na segunda prévia do IGP-M de março, o IPC-M subiu para 0,63% após ter registrado alta de 0,28% na mesma prévia do indicador em fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Houve reversão da taxa do grupo Habitação, que saiu de uma queda de 1,69% na segunda prévia de fevereiro para um aumento de 0,35% na segunda prévia de março. Os itens que mais se destacaram foram a tarifa de eletricidade residencial (de -15,27% na segunda prévia de fevereiro para -1,75% na segunda prévia de março) e condomínio residencial (de -3,06% para +0,12%).
Ainda houve aceleração no ritmo de aumentos em outros quatro grupos que compõem o IPC-M: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,29% para 0,57%), Vestuário (de 0,38% para 0,69%), Comunicação (de 0,06% para 0,33%) e Transportes (de 0,68% para 0,70%). As principais contribuições foram dos itens artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,19% para +0,54%), roupas masculinas (de 0,73% para 1,46%), tarifa de telefone residencial (de 0,19% para 0,76%) e gasolina (de 2,30% para 2,82%).
Já os grupos Alimentação (de 1,43% para 1,07%), Educação, Leitura e Recreação (de 1,46% para 0,32%) e Despesas Diversas (de 2,06% para 0,22%) subiram menos, com destaque para hortaliças e legumes (de 10,67% para 6,64%), cursos formais (de 2,57% para 0,01%) e cigarros (de 3,89% para 0,00%).