A Rússia não descartou ainda a possibilidade de ajudar o Chipre, mas só oferecerá um eventual auxílio financeiro depois que a ilha do Mediterrâneo resolver suas diferenças com a União Europeia sobre um pacote de resgate para o país, afirmou nesta sexta-feira o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev.
Os comentários de Medvedev indicam que a Rússia não vai mais tentar assumir o lugar da UE na ajuda ao Chipre, um país onde ambos têm interesses conflitantes. Falando a repórteres em Moscou, após se reunir com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, Medvedev disse que a crise cipriota é uma questão que precisa ser tratada pela UE e por Nicósia.
O premiê lembrou, no entanto, que a Rússia tem "interesse econômicos compreensíveis" no Chipre, onde depósitos russos ajudaram a transformar a ilha num importante centro financeiro na região. Medvedev disse ainda que Moscou manterá os contatos com autoridades europeias e cipriotas para evitar o colapso financeiro do Chipre. Barroso, que participou da coletiva, disse estar confiante de que será encontrada uma solução para país, embora não tenha conhecimento da proposta mais recente.
"Autoridades do Chipre disseram que trabalharam numa solução alternativa", disse Barroso. "A última informação que recebi é que eles ainda não estão exatamente prontos para fazer uma proposta concreta...ainda não recebemos a proposta." As informações são da Dow Jones.