São Paulo, 28 - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, disse nesta quinta-feira que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se recusou a falar sobre a possível mudança no programa de recomposição da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos na reunião realizada no escritório do Ministério da Fazenda na capital paulista. "Ele se recusou a falar", disse Belini, por duas vezes, ao ser questionado pela reportagem. Indagado se o novo aumento no IPI, programado para segunda-feira (1°), seria inevitável, o presidente da Anfavea adotou um tom de mistério em sua resposta: "Eu espero que não, mas ele (Mantega) não falou nada", ratificou.
Na reunião desta quinta-feira havia a expectativa de que o ministro suspendesse o reajuste escalonado da alíquota do IPI de veículos para os porcentuais originais. Entre maio e dezembro de 2012, o governo reduziu as alíquotas do IPI dos veículos flex, até 1.000 cilindradas, de 7% para zero. A partir de 1º de janeiro, a alíquota dessa categoria subiu para 2% e deverá subir para 3,5% a partir de segunda-feira (1º), voltando aos 7% originais em 1º de julho. A recomposição escalonada da alíquota foi anunciada em 19 de dezembro pelo ministro Mantega.
Já para os veículos flex, de 1.000 a 2.000 cilindradas, a alíquota do IPI, de 11%, caiu para 5,5% até 31 de dezembro, subiu para 7% em 1º de janeiro e deverá ir para 9% na segunda-feira.
Para os veículos a gasolina, o IPI original saiu de 13% para 6,5% entre maio e dezembro do ano passado, foi para 8% em 1º de janeiro e a previsão é de que chegará a 10% a partir de segunda-feira. Já para os veículos utilitários, a alíquota de 8% ficou em 1% até dezembro, subiu para 2% em janeiro e deverá ir para 3% agora.