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Estado de Minas

Ajuda a países pobres em 2012 sofre maior queda desde 1997


postado em 03/04/2013 12:50

 A ajuda aos países pobres sofreu em 2012 sua maior queda desde 1997, sob efeito da crise mundial e das medidas de austeridade em vigor nos países mais ricos, anunciou nesta quarta-feira a OCDE, que prevê uma "recuperação modesta" este ano.

De acordo com o balanço provisório para o ano passado divulgado pela Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico, a ajuda pública ao desenvolvimento (APD) diminuiu quase 4% em um ano, após ter sofrido uma queda de 2% em 2011 em relação ao nível recorde de 2010.

"Se excluirmos 2007, que corresponde ao fim das operações excepcionais de alívio da dívida, a queda observada em 2012 é a maior desde 1997", indicou o clube dos países ricos em um comunicado."Esta é a primeira vez desde 1996-1997 que a ajuda se contrai por dois anos consecutivos", ressaltou a OCDE.

A APD global foi de 125,6 bilhões de dólares, ou 0,29% da riqueza nacional acumulada dos vários doadores, um número abaixo da taxa de 0,31% alcançada em 2011.

A organização observa que "também houve uma transferência de ajuda dos países mais pobres para países de renda média".


As maiores quedas foram registradas pelos doadores que foram mais atingidos pela crise, como a Grécia (-17,0%), Espanha (-49,7%) e Itália (- 34,7%).

A APD da França, o quarto país em volume de ajuda, também diminuiu em 1,6%. Ela representa apenas 0,45% da riqueza nacional do país, contra 0,46% em 2011 e 0,50% em 2010, ainda longe da meta de 0,7% teoricamente fixada para 2015.

A ajuda do maior doador, os Estados Unidos, caiu 2,8%, e a do Reino Unido, o terceiro dador, teve uma redução de 2,2%. A assistência da Alemanha, a segunda em volume, retrocedeu 0,7%.

Os países que atingiram ou ultrapassaram a meta de 0,7%, permanecem os mesmos: Dinamarca, Luxemburgo, Noruega, Holanda e Suécia.

Embora o total líquido da ajuda tenha reduzido, a ajuda bilateral destinada a projetos e programas de desenvolvimento (ou seja, excluindo a redução da dívida e ajuda humanitária) cresceu 2,0% ao preço e taxas de câmbio constantes, indicou a OCDE.

A ajuda bilateral à África Subsaariana foi de 26,2 bilhões de dólares, um declínio de 7,9% em relação a 2011. A ajuda ao continente africano caiu 9,9%, ficando em 28,9 bilhões de dólares em 2011, após um ano marcado pelo apoio excepcional concedido para alguns países da África do Norte, na esteira da "Primavera Árabe".

O grupo dos países menos desenvolvidos (PMD) também viu a ajuda APD bilateral líquida sofrer um declínio de 12,8%, caindo para cerca de 26 bilhões de dólares.


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