A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi multada em R$ 35 milhões pela Secretaria de Ambiente do Estado do Rio de Janeiro por ter doado, em 1998, um terreno contaminado por 18 substâncias químicas, muitas das quais cancerígenas para a construção de casas para funcionários da empresa. O terreno tem 10 mil metros quadrados de extensão.
A multa foi comunicada à imprensa hoje pelo secretário do Ambiente, Carlos Minc, que disse que a multa poderá subir para o valor máximo estabelecido pela legislação estadual, que é R$ 50 milhões, caso algumas das 750 pessoas que moram nas 220 residências que serão interditadas apresentem algum tipo de doença.
A decisão da multa foi tomada pelo conselho diretor do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a CSN será notificada até amanhã. “Enfrentamos um dos maiores dramas ambiental e humano do estado do Rio, se não o maior. Cerca de 750 pessoas já foram afetadas, mais o número pode ser muito maior se for confirmada a extensão do problema pelas demais 560 residências situadas em toda a extensão do terreno doado”, disse.