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Estado de Minas

Apenas 40% das obras em Confins estarão prontas para a Copa das Confederações

Conclusão do terminal prevista para dezembro vai ficar para o ano que vem


postado em 10/04/2013 06:00 / atualizado em 10/04/2013 07:39

Gerente da Infraero, Adair Moreira mostra obras aos deputados Ivair Nogueira, Mário Henrique e Marques(foto: Jair Amaral/EM/ DA Press)
Gerente da Infraero, Adair Moreira mostra obras aos deputados Ivair Nogueira, Mário Henrique e Marques (foto: Jair Amaral/EM/ DA Press)

A conclusão da obra de ampliação do terminal 1 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, deve acontecer somente às vésperas da Copa do Mundo de 2014. Em visita de uma comitiva de deputados estaduais à unidade, pela primeira vez o superintendente regional da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Mário Jorge de Oliveira, admitiu que as intervenções devem extrapolar o prazo do cronograma contratual, que estabelecia dezembro como limite para as intervenções. Até a Copa das Confederações, em junho, a expectativa é de que só 40% da obra estejam executados.

A sequência de atrasos da empresa contratada para elaborar o projeto executivo no segundo semestre do ano passado obrigou a Infraero a romper o contrato e revisar o cronograma de execuções. Com isso, a diretoria da estatal alterou a ordem de execução das intervenções. Em vez de serem feitas as instalações de equipamentos (escadas rolantes, elevadores, esteiras etc) no primeiro ano, a preferência foi pela execução de obras civis, consideradas mais lentas e com menor volume de gastos. De acordo com o novo cronograma, até dezembro entre 70% e 75% do projeto deve ser concluído. O superintendente garante que para o primeiro quadrimestre do ano que vem serão feitas somente obras do lado de fora do terminal, classificadas como “periféricas”, como a construção de um anexo para abrigar parte do setor administrativo e projetos sociais, sem afetar muito a operação do aeroporto. “No fim de 2013, teremos a parte operacional pronta”, disse o superintendente regional aos deputados estaduais Marques Abreu, Fred Costa, Mário Henrique, Tenente Lúcio, Ivair Nogueira e Fábio Cherem, presentes na visita.

Atualmente, apenas 25% do total da expansão está pronto e aproximadamente 60% do projeto executivo, o que comprova a lentidão da obra. Há quatro meses, quando os deputados fizeram a primeira visita em Confins, 15% tinham sido concluídos. Mantido o mesmo ritmo, até dezembro nem metade da obra terá sido entregue. Mas a diretoria da Infraero aponta que a tendência é de aceleração nos próximos meses, com etapas consideradas mais simples.

Até junho, quando a bola rola para a Copa das Confederações, evento teste para a Copa’2014, devem estar à disposição dos usuários: duas novas pontes de embarque; elevadores centrais; quatro novas posições de paradas de aeronaves no pátio, e a praça de alimentação deve ser liberada para instalação das novas concessionárias – o que não significa que estarão em operação –, além dos estacionamentos, com previsão para serem entregues ainda este mês. “Estamos acompanhando de perto para saber o andamento em relação ao ano passado e o que vai estar disponível na Copa das Confederações”, afirma o deputado estadual, Marques.

Puxadinho
Com o atraso da obra do terminal 1, a expectativa é que a implantação do terminal provisório seja acabada primeiro. Depois de a licitação fracassar duas vezes, a Infraero revisou o modelo construtivo da unidade e publicou no mês passado novo edital. A empreiteira selecionada deve ser conhecida no dia 25. Chamado de puxadinho, a previsão é de que ele seja finalizado até fevereiro do ano que vem, acrescentando 3,89 milhões de passageiros/ano à capacidade operacional do aeroporto. A unidade deve funcionar somente até ser construído o terminal 2. “Optamos por um modelo menor e mais barato, que deve suportar por dois ou três anos a demanda”, afirma o superintendente de Confins.

Além da obra de ampliação, um alívio significativo poderá ocorrer com as obras do novo pátio para aeronaves. Com investimento superior a R$ 200 milhões, a construção resolve parte do problema de vagas para pernoite dos aviões, além de criar 26 posições para embarque e desembarque remoto de passageiros. Com isso, a capacidade do pátio também aumenta.

Socorro para aéreas

Sílvio Ribas

Brasília – O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, voltou a defender o aumento da presença de capital estrangeiro nas companhias aéreas — do limite atual de 20% – para até 49% como forma de lhes dar segurança operacional. Durante audiência ontem no Senado, ele ouviu queixas dos parlamentares sobre a alta nos preços das passagens e a crescente queda da qualidade nos serviços do setor. Em resposta, ele argumentou que a ampliação do investimento externo pode ser uma aliada da gestão eficiente das empresas, mas o governo ainda não tem uma política definida sobre a questão.

Para a avaliar a melhor alternativa, a SAC encomendou estudos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a situação financeira das empresas aéreas. As líderes do mercado doméstico, responsáveis por quase 80% do tráfego, tiveram prejuízos somados de R$ 2,7 bilhões em 2012. O rombo foi 148,6% superior ao de 2011, quando ficou em R$ 1,1 bilhão. Só a Gol perdeu R$ 1,5 bilhão no ano passado.

“Precisamos sair do ‘achismo’ em relação às dificuldades apresentadas e fazer um esforço conjunto para garantir a existência de companhias robustas e saudáveis. Sem isso, não teremos serviços adequados” afirmou Franco. Ele adiantou, contudo, que o governo planeja favorecer a construção e a reforma de 270 aeroportos regionais, para trajetos médios e curtos entre cidades com população em torno de 100 mil habitantes. Nesse sentido, está sendo consideradas até a adoção de subsídios para baratear os bilhetes. Ao Estado de Minas, Moreira Franco disse que o tamanho da ajuda deve ser o bastante para não desequilibrar o mercado.

Ao lembrar que o país conta atualmente com apenas duas grandes companhias aéreas e outras duas de médio porte, o ministro ressaltou a importância de haver mais competição para baixar preço. Ele destacou que a prioridade do governo é adotar medidas para garantir serviços seguros e bons com valores acessíveis. “O meio de transporte que mais cresce é o aeroviário, ao ritmo médio de 12% ao ano”, sublinhou. Moreira Franco informou aos senadores o interesse do governo em garantir que os aeroportos operem 24 horas por dia no transporte de passageiros e de cargas. “É fundamental que os aeroportos atendam o cliente”.


Mapa das mudanças


O que muda com a ampliação do terminal de passageiros e a reforma da pista


10 escadas rolantes serão substituídas

6 esteiras de bagagens serão implantadas no desembarque (quatro para voos domésticos e duas para internacionais)

9 pontes de embarque serão substituídas

64 guichês de check-in passam a ser compartilhados pelas companhias
 
1,4 milhão de pessoas é o aumento da capacidade operacional com otimização do terminal

3,6 mil metros é a nova metragem da pista de pousos e decolagens

304 metros quadrados é a nova área do pátio

26 posições de embarque remoto serão criadas

Fonte: Infraero


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