As vendas do comércio varejista caíram 0,4% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio fora do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam altas de 0,20% a 3,00%, com mediana de 1,60%.
Na comparação com fevereiro de 2012, as vendas do varejo tiveram baixa de 0,2% em fevereiro deste ano e também ficaram fora das estimativas. Nesse confronto, as projeções variavam de expansão de 1,30% a 6,50%, com mediana de 3,50%. Até fevereiro, as vendas do varejo restrito registram alta de 2,9% no ano e de 7,4% nos últimos 12 meses.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,7% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 1,70% a uma alta de 1,00%, mas a queda foi maior que a mediana projetada, de -0,50%.
Na comparação com fevereiro de 2012, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 1,2% em fevereiro de 2013. Nesse confronto, as projeções variavam de uma expansão de 0,13% e 3,00%, com mediana positiva de 1,70%. No ano, as vendas do comércio varejista ampliado acumularam uma alta de 4,2%, e, em 12 meses, houve aumento de 7,8%.
A queda de 0,4% nas vendas do comércio varejista em fevereiro fez a média móvel trimestral do setor ficar em -0,1% no mês, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. Para o trimestre encerrado em janeiro, a média móvel das vendas no varejo tinha sido de 0,1%.
Minas Gerais
Na comparação entre fevereiro e janeiro de 2013 - série com ajuste sazonal -, o volume de vendas no comércio varejista mineiro cresceu 0,3% enquanto houve queda de 0,4% no país. A variação positiva no volume de vendas em Minas Gerais, embora discreta, ocorreu em apenas mais 8 Unidades da Federação, pois todas as demais tiveram variação negativa. Das Unidades da Federação que tiveram taxas positivas, além de Minas Gerais, apenas duas estavam fora do Norte e do Nordeste do país: Rio de Janeiro (1,0%) e Rio Grande do Sul (0,1%). Os maiores acréscimos ocorreram em Rondônia (1,7%), Amapá (1,5%) e Piauí (1,3%).
Em Minas Gerais, os resultados dessazonalizados mostram que a atividade comercial (varejo restrito, exclusive veículos e material de construção) encontra-se, com pequenas oscilações, no mesmo nível desde maio de 2012, enquanto que no país como um todo, o crescimento no mesmo período foi de 2,7%.
Na comparação de fevereiro de 2013 e o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 2,2% no
comércio mineiro enquanto no Brasil observou-se uma redução de 0,3%. Os resultados acumulados em 12 meses mostraram crescimento de 5,7% e 7,4%, respectivamente.
Em Minas Gerais pode-se observar quedas na comparação mensal (frente ao mesmo mês do ano anterior) supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-6,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-2,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-7,0%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-11,9%). Estas duas últimas atividades também apresentaram resultado negativo na série anualizada (acumulada em 12 meses) e, nesse tipo de comparação, os resultados para o estado vem sendo significativamente inferiores aos do país desde o início de 2012.
De maneira geral, os resultados positivos do comércio estão associados à ampliação do crédito, aos baixos índices de desemprego e ao crescimento real dos salários. Alguns setores vêm se beneficiando, também, das políticas de redução do IPI como o segmento de Móveis e eletrodomésticos, veículos, motocicletas, partes e peças (desde o final de maio de 2012). No caso dos veículos, a comparação mensal de fevereiro de 2013 com fevereiro de 2012 apresenta, ainda, um efeito base, uma vez que ainda reflete impactos da política de incentivo à venda de veículos que não vigoravam no início do ano passado.
Com Agência Estado