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Estado de Minas

Prévia do PIB tem queda de 0,52% em fevereiro

É o pior resultado registrado pelo BC para meses de fevereiro em relação a janeiro, na série histórica iniciada em 2003


postado em 12/04/2013 09:06 / atualizado em 12/04/2013 10:32

Apesar de todos os estímulos dados pelo governo, o cenário da economia brasileira continua frágil. Em fevereiro, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), ajustado para o período (dessazonalizado) caiu 0,52% na comparação com janeiro deste ano. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC).

É o pior resultado registrado pelo BC para meses de fevereiro em relação a janeiro, na série histórica iniciada em 2003. O percentual de queda (0,52%) ficou igual ao registrado em 2005, nesse mesmo tipo de comparação (fevereiro contra janeiro).

De acordo com os dados revisados e com ajuste sazonal, em janeiro deste ano, comparado com dezembro de 2012, o IBC-Br cresceu 1,43%. Em 12 meses encerrados em fevereiro, a atividade econômica apresentou expansão de 0,87% (sem ajustes).


Na comparação entre fevereiro deste ano e o mesmo mês de 2012, houve crescimento de 0,44%, de acordo com o dado sem ajustes para o período, considerado o mais adequado para esse tipo de comparação.

O IBC-Br é uma forma de avaliar e tentar antecipar como será o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente. O acompanhamento do IBC-Br é considerado importante pelo BC para que haja maior compreensão da atividade econômica. Esse acompanhamento também contribui para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, atualmente, em 7,25% ao ano.

Decepção

No ano passado, o PIB brasileiro cresceu 0,9%, o pior desempenho da economia desde 2009, quando havia sido registrada uma queda de 0,3%. Em 2011, houve crescimento de 2,7% e, em 2010, de 7,5%. De acordo com o último Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, a estimativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) para o crescimento da economia este ano foi ajustada de 3,01% para 3%, este ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que espera um crescimento de cerca de 4% do PIB. Já a expectativa do mercado para o crescimento da produção industrial foi alterada de 3,12% para 3%, este ano, de 3,95% para 3,85%, em 2014. Lembrando que em fevereiro, o recuo no setor foi de 2,5%, o pior resultado mensal em pouco mais de quatro anos.

Outro dado que surpreendeu o mercado foi a queda de 0,4% na vendas do setor varejista em fevereiro contra janeiro, influenciada pelo dragão da inflação - no acumulado de 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estourou o teto da meta ao registrar 6,59% em março. Na comparação com igual mês do ano passado, o recuo no varejo foi de 0,2% — a primeira taxa negativa desde novembro de 2003 nessa base de comparação. Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE.

(Com Agência Brasil)


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