O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reiterou que a autoridade monetária não se manifesta sobre reuniões futuras do Comitê de Política Monetária (Copom) e que "não há nem haverá tolerância com a inflação". Nesta semana, foi divulgado o IPCA - indicador oficial da inflação - que rompeu o teto da meta, ao acumular em março alta de 6,59% em 12 meses. O teto fixa o patamar em 6,50%.
O Copom tem reunião na semana que vem, com o anúncio da decisão sobre o rumo da Selic, o juro básico da economia brasileira, na quarta-feira. Desde outubro do ano passado, a Selic permanece em 7,25%, o menor patamar da história.
"Estamos neste momento monitorando atentamente todos os indicadores e, obviamente, no futuro, vamos tomar decisões sobre o melhor curso para a política monetária", afirmou Tombini, nesta sexta-feira, em breve intervalo na XXV Reunião de Presidentes de Bancos Centrais da América do Sul, no Rio.
A reunião, que ocorre duas vezes por ano, analisa medidas de afrouxamento monetário adotadas recentemente pelo Japão, relatou Tombini. À tarde, será divulgado um comunicado conjunto e o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Luiz Pereira, fará comentários. "É um tema bastante recente, mas que está no radar dos bancos centrais", afirmou Tombini, sobre a expansão monetária japonesa.