Os trabalhadores da Cemig estão de braços cruzados até esta quarta-feira para cobrar a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho. O sindicato que representa a categoria afirmou que a empresa entrou com dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e se negou a negociar. Em protesto, os trabalhadores promoveram uma passeata que partiu da Praça da Estação até a unidade da Cemig na Rua Itambé, no Bairro Floresta.
Os eletricitários reivindicam aumento real de 2%, reposição das perdas pelo INPC (5,99%), retroativa a 1º de novembro de 2012, reajuste das cláusulas econômicas em 8%, também retroativo, garantia de emprego, substituição dos trabalhadores terceirizados em atividades fim por concursados, transferência dos eletricitários da Cemig Serviços para a Cemig Distribuição, política de combate ao assédio moral e a manutenção das conquistas.
Por meio de nota, a Cemig informou que a paralisação não afeta as atividades da empresa. "Todos os serviços como atendimento no call center, serviços emergenciais e ligação ou religação de energia estão sendo prestados normalmente. A movimentação também não afetou o funcionamento das usinas hidrelétricas".
A companhia informa ainda que apresentou aos empregados uma proposta 'respeitosa' e uma vez que não houve entendimento, a empresa disse que solicitou a mediação da Justiça do Trabalho, através de dissídio coletivo, antecipando o reajuste de 4,5% no salário. “A proposta apresentada mantém todos os benefícios atualmente existentes, propõe uma recomposição dos salários diante de perdas inflacionárias e preserva a qualidade do acordo coletivo, que é o melhor acordo coletivo do setor elétrico e está entre os melhores do Brasil”, diz a nota.