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Estado de Minas

Nova norma para frigoríficos será assinada nesta quinta, promete Ministro do Trabalho

Ministro do Trabalho convoca reunião com entidade nesta quinta para assinar documento que trará melhorias para as condições de trabalho nos frigoríficos de todo o país


postado em 16/04/2013 15:28

Com a proposta de melhorar as condições de trabalho nos frigoríficos, a Norma Regulamentadora 36 é a expectativa para redução de doenças e acidentes de trabalho para mais de 500 mil trabalhadores de todo o país. Na última segunda, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins) cobrou do ministro do Trabalho, Manoel Dias, a publicação do documento durante reunião realizada na Delegaria Regional do Trabalho de Florianópolis (SC). A validação da Norma dos Frigoríficos poderá ocorrer a partir desta quinta-feira, com a assinatura do ministro, que convocou a entidade para participar do momento que será marcante para os trabalhadores do setor.

Na semana passada, a CNTA Afins encaminhou ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ofício que pede urgência na publicação do texto. A categoria vai lançar pesquisa sobre o Perfil do Trabalhador da Alimentação esse mês, durante Assembleia Geral, em Brasília.

Segundo o diretor da CNTA Afins, Miguel Padilha, a maior preocupação dos trabalhadores é o cumprimento de novas regras de saúde e de segurança, como a reformulação estrutural e a concessão de pausas durante o trabalho. “Hoje cobramos que essa publicação seja feita de uma vez por todas. O encontro mostrou que o ministro está realmente comprometido com a classe trabalhadora e, claro, com a relação capital e trabalho. Essa NR foi negociada entre governo, empresas e trabalhadores, e essa iniciativa mostra que o MTE se colocou como um tripé, mostrando que o ministro entrou para tomar decisões e tocar o barco para frente”, diz.

Miguel Padilha, que é Secretário da CNTA Afins para a região Sul e presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados, Indústrias da Alimentação e Afins do Estado de Santa Catarina (FETIAESC), afirma que as mudanças irão beneficiar, principalmente, trabalhadores de grandes empresas do sul do país, já que a região concentra marcas como Marfrig, Sadia, Minuano, Doux Frangosul, Brasil Foods, entre outras.

"No nosso entendimento esse é um grande avanço para diminuir as doenças ocupacionais e, com isso, o gasto do governo federal irá reduzir a partir da diminuição de pessoas afastadas e dependentes da previdência social. A conquista de um trabalho com saúde significa gerar lucro e com isso todo mundo ganha.", avalia.

O encontro também teve como pauta a discussão de interesses nacionais e regionais dos trabalhadores da categoria da Alimentação, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário, a fiscalização e a atuação do MTE e regulamentação de contribuições sindicais, dentre outras reivindicações. Participaram ainda da reunião, os diretores da FTIAESC, Ludovino Soccol, Vilmar Antônio de Faveri e Reni Carlos Thomazoni.


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