Amanhã, os médicos de todo o país vão cruzar os braços em um dia de protesto contra os planos de saúde. A medida vai suspender as consultas agendadas, sendo que nas urgências e emergências o atendimento fica mantido.
Pesquisa da Associação Paulista de Medicina (APM) com 5 mil profissionais da área mostra que 61% dos médicos ouvidos deixou de realizar cirurgias e procedimentos complexos por causa da remuneração ser considerada baixa. Os pesquisadores ouviram também dentistas e fisioterapeutas com resultado semelhante: 70% e 58%, respectivamente, preferiram não realizar procedimentos complexos.
Em Minas os médicos vão participar amanhã de audiência pública na Assembleia Legislativa, onde também promovem ato público.
Entre os itens reivindicados pela categoria estão o reajuste de consultas e de procedimentos e o apoio ao Projeto de Lei 6.964/10, que trata da contratualização e da periodicidade de reajuste dos honorários pagos aos médicos.
A classe cobra ainda uma resposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre as propostas de cláusulas obrigatórias a serem inseridas nos contratos entre médicos e planos de saúde, apresentadas pelos médicos em abril do ano passado.