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Estado de Minas

Cenário doméstico indica alta do juro


postado em 25/04/2013 11:04 / atualizado em 25/04/2013 12:13

 ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada pelo Banco Central nesta quinta-feira, 25, destaca uma melhora na avaliação da atividade interna e indica que o ritmo de 0,25 ponto porcentual no ciclo de aperto provavelmente vai ser mantido, avalia a economista e sócia da Tendências Alessandra Ribeiro. "Eles (os diretores do BC) sustentam a avaliação de que o nível de inflação e a dispersão ensejam resposta da política monetária, mas ela deve ser administrada com cautela devido a incertezas de origens interna e externa", disse a economista. A consultoria espera um ciclo que comporta mais três altas de 0,25 ponto porcentual na Selic, chegando a 8,25% ao ano em agosto.

Na reunião do Copom da semana passada, que elevou em 0,25 ponto porcentual a taxa básica de juros, seis diretores votaram pela elevação de 0,25 ponto porcentual e dois pela manutenção da Selic em 7,25% ao ano. Para Alessandra, a ata mostra que todos os integrantes do comitê são favoráveis a uma ação de política monetária, mas divergiram quanto ao momento de atuação. "Provavelmente esses dois gostariam que fosse feito o ajuste mais para frente. A possibilidade de ter sido um único ajuste, portanto, foi excluída", afirmou.


Uma piora no cenário externo, de acordo com a economista, pode fazer com que o ciclo seja mais curto do que o previsto. "Dois integrantes avaliaram que alguma coisa importante que está acontecendo no cenário internacional pode trazer a inflação para baixo", disse Alessandra. Na ata, o Copom aponta que "parte do Comitê, entretanto, pondera que está em curso uma reavaliação do crescimento global e que esse processo, a depender de sua intensidade e duração, poderá ter repercussões favoráveis sobre a dinâmica dos preços domésticos".

"Eles continuam avaliando que as maiores incertezas advêm do cenário externo, e claramente houve uma melhora na avaliação quando ao cenário interno. O Copom destacou a recuperação do investimento doméstico e a tendência de crescimento mais alinhado com o potencial", disse a economista. O BC, portanto, dará mais atenção agora às movimentações da economia internacional, aponta Alessandra.


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