A variação do consumo de energia pela indústria no trimestre, comparado a igual período do ano anterior, ficou negativo por causa do indicador de março, que registrou queda de 3% em relação a igual mês do ano passado, conforme balanço divulgado na tarde desta quinta-feira, 25, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Em janeiro, a EPE havia apontado alta de 0,4% e, em fevereiro, de 1,6%.
A diminuição do consumo industrial de energia no mês passado refletiu, em grande parte, o ritmo fraco dos setores de extração mineral e metalurgia, segundo a EPE, que destaca as quedas nos Estados de Minas Gerais (-7,1%), Pará (-12,8%), Maranhão (-12,9%), Espírito Santo (-3,6%) e Goiás (-6,1%).
Em São Paulo, o consumo industrial caiu 1,9% no mês passado, em função da retração dos setores automotivo e de fabricação de produtos de metal. No trimestre, comparado ao período de janeiro a março de 2012, o consumo de energia da indústria paulista recuou 1%, também em consequência do menor ritmo de produção dos fabricantes de produtos de metal e veículos.
Residências
Em contrapartida ao segmento industrial, cresceu 6,6% o consumo nas residências no trimestre; no setor de comércio e serviços, o aumento foi de 6%, no trimestre. Segundo a EPE, o acréscimo do consumo residencial refletiu o aumento da aquisição de equipamentos eletroeletrônicos, enquanto o segmento de comércio e serviços foi influenciado pela expansão das vendas.
Na comparação dos meses de março de 2012 e 2013, o consumo residencial avançou 0,9% e o comercial, 1,4%, este último provocado por fatores conjunturais, como temperatura e calendário de faturamento, sobretudo, nas Regiões Sudeste e Sul.