O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou, nesta segunda-feira, 29, que o governo trabalha para que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche este ano com alta entre 5% e 5,5%. "Nós trabalhamos para trazer a inflação no centro da meta em um prazo adequado. É o Banco Central quem se manifesta sobre a estratégia para trazer a inflação para o centro da meta", disse.
"A inflação é uma variável importante, nos preocupa. A redução da inflação viabiliza crescimento, pois isso traz mais previsibilidade, facilita o planejamento das empresas, além de ser um ganho social", acrescentou, ressaltando que preços baixos permitem ganhos reais dos salários.
"Nós tivemos momentaneamente um aumento da inflação no ano passado, fruto de choques exógenos, seja de fonte externa, preços de commodities, ou seja de fonte interna, como a seca", destacou. "Mas esperamos que a inflação caia neste ano, se possível para a faixa de 5% a 5,5%", apontou.
"Isso vai depender muito da reversão desses choques. Parte dos choques em alimentos in natura já começou a ser revertida e esperamos que isso traga a inflação para baixo", afirmou Barbosa. "Neste segundo trimestre, com a entrada da safra agrícola, e não ocorrência de novos choques climáticos, o cenário da inflação começa a ficar mais favorável", destacou.
Mas, segundo ele, isso só vai ficar mais claro na medida em que vários índices forem divulgados e consolidarem essa trajetória. "Lá para o meio do ano estará mais claro se a inflação estará entre 5,5% e 6% ou entre 5,5% e 5%." O secretário executivo da Fazenda fez os comentários depois de participar da solenidade de abertura de capital da BB Seguridade.