A gasolina vendida nas distribuidoras de combustíveis passou a ser comercializada ontem com 25% de etanol, ante 20% até terça-feira. A mudança deve demorar alguns dias até chegar aos postos de combustível e aos consumidores. A nova regra foi anunciada na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Para ele, "as medidas vão possibilitar que o setor tenha condições melhores de ampliar o investimento e expandir a produção".
Mantega disse que o aumento da mistura de etanol deve reduzir o preço da gasolina nas bombas, mas não garantiu a queda no preço cobrado do consumidor. "Não quer dizer que o setor vai repassar necessariamente. Estamos condicionando (os incentivos) ao aumento da oferta, porque aí o preço vai ser reduzido." A presidente Dilma Rousseff também disse que o pacote não irá, necessariamente, refletir em preço menor para o combustível.
Além de aumentar a quantidade de álcool na gasolina para tentar forçar uma queda nos preços do combustível, antecipando a medida – que estava prevista para junho –-, o governo zerou a cobrança de PIS/Cofins sobre o álcool, até então equivalente a R$ 0,12 por litro. A renúncia fiscal com o fim do tributo será de R$ 970 milhões neste ano.