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Estado de Minas

Dívidas e inadimplência caem em Belo Horizonte

Cálculo leva em conta tanto o débito em atraso quanto o compromisso financeiro parcelado


postado em 02/05/2013 11:25 / atualizado em 02/05/2013 15:29

Dívidas com cartão de crédito correspondem a 58%(foto: Jair Amaral/EM/D.A/Press)
Dívidas com cartão de crédito correspondem a 58% (foto: Jair Amaral/EM/D.A/Press)
Os belo-horizontinos estão menos endividados e inadimplentes, de acordo com pesquisa da  Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), que ouviu 400 consumidores. Os níveis caíram em abril em relação ao mês anterior. O número de consumidores com algum compromisso financeiro futuro passou para 48,5% contra 51%. É o menor índice em 2013. No mesmo período de 2012 esse registro se encontrava em 72,9%.

Nos últimos seis anos, o mês de abril de 2013 só não é menor que o período que compreende maio a agosto de 2008, que na época registrou entre 41,4% e 45,5%. A taxa de inadimplência passou a ser de 3,3% em abril, o menor índice desde 2008.


Nos últimos seis anos, o mês de abril de 2013 só não é menor que o período que compreende maio a agosto de 2008, que na época registrou entre 41,4% e 45,5%. Já a taxa de inadimplência – dívidas com mais de 90 dias em atraso – passou a ser de 3,3% em abril, frente a 4,8% no mês anterior, o menor índice desde 2008.

Cartão de crédito

O chamado dinheiro de plástico continua sendo o vilão das dívidas do consumidor belo-horizontino. Em abril, o endividamento no cartão de crédito correspondeu a 58% do endividamento, maior que os 52% registrados em março. No mesmo período de 2012, essa participação correspondia a 55,6%. O financiamento de veículos também subiu (11,5% frente a 6,6%). Já os carnês de lojas, cartões de lojas, cheques pré-datados e empréstimos familiares recuaram, fazendo o índice geral de endividamento cair. Além disso, 59,7% dos entrevistados estão com até 30% da renda familiar futura comprometida.

Conforme explica o economista da Fecomércio MG Gabriel de Andrade Ivo, esse índice é considerado uma margem de segurança do endividamento em relação à renda familiar. “É uma tendência que aponta a administração da dívida. Em um médio prazo e, com a quitação de compromissos financeiros, o consumidor brasileiro tende a diminuir a taxa de endividamento”.

O número de consumidores com contas em atraso em Belo Horizonte apresentou recuo. No mês de abril, esse índice correspondeu a 15,4% ante a 18,9% em março. Desse total, 13,3% dos entrevistados têm atrasos de menos de 30 dias. Os consumidores que têm contas em atraso entre 30 a 90 dias representam 43,3%. Já os que possuem algum compromisso financeiro em atraso acima de 91 dias representaram 43,3% do total. Os motivos principais para o atraso são o descontrole e falta de planejamento, segundo a pesquisa.


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