(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

BCE reduz taxa básica de juros a 0,5%, novo mínimo histórico


postado em 02/05/2013 17:42

O Banco Central Europeu reduziu sua taxa básica de juros, nesta quinta-feira, em 0,25%, a 0,5%, um novo mínimo histórico, em uma tentativa de estimular a economia da zona do euro e lutar contra o desemprego recorde. A última redução das taxas aconteceu em julho, a 0,75%.

"A redução das taxas de juros deve contribuir para a esperança de uma recuperação até o final do ano", disse o presidente da entidade, Mario Draghi, depois que as previsões de que a economia começaria a dar sinais de melhora no segundo trimestre não se cumpriram.

Esta redução das taxas de juros pelo BCE, adotada por "forte consenso", as aproxima do nível quase nulo que impera nos Estados Unidos desde 2008. A deterioração da economia da zona do euro e em particular o alto nível do desemprego contribuíram para que os analistas e os mercados já aguardassem a decisão do conselho de diretores do BCE, que excepcionalmente se reuniu nesta quinta-feira em Bratislava, Eslováquia.

"Não é uma surpresa e era o mínimo que se poderia esperar após as más notícias recentes sobre a economia", comentou Jennifer McKeown, economista de Capital Economics. Para o economista chefe do banco Berenberg, Holger Schmieding, "o grande problema da zona do euro neste momento não é o nível das taxas do BCE, porque já era baixo", mas sim as dificuldades que as pequenas e médias empresas (PME) de muitos países têm para ter acesso ao crédito.

Neste sentido, Draghi se limitou a informar que foram iniciadas consultas com outras instituições para buscar formas de incentivar o mercado de crédito para as PME. Apesar dos resultados destas consultas poder ser "muito imprecisos", "é evidente que é um passo para reduzir este problema", disse Carsten Brzeski, do banco ING.

O BCE anunciou que vai continuar com suas operações de liquidez a taxas fixas e quantidades ilimitadas a uma semana "durante o tempo que for necessário" e,pelo menos, até 8 de julho de 2014. Suas operações de empréstimos a três meses também serão realizadas até o final do segundo trimestre de 2014 nas mesmas condições que as anteriores.

As taxas de juros dos depósitos a um dia, nos quais os bancos privados podem captar dinheiro por 24 horas no BCE, permanecem em 0,5% e a taxa de empréstimo marginal diária, na qual os bancos podem pedir créditos pela mesma duração, caiu a 1%.

Em geral, Draghi repetiu a disposição do BCE de intervir, dando a entender que não serão descartadas novas medidas caso a conjuntura continue se deteriorando. A esperada recuperação anunciada para o segundo trimestre não veio. A atividade privada se contraiu de novo em abril, afetando inclusive a Alemanha, primeira economia da região. "O longo período de fragilidade econômica se estende atualmente aos países mais sólidos da união monetária, com o risco de que o motor de seu crescimento perca fôlego", disse Annalisa Piazza, de Newedge.

O desemprego alcançou um novo recorde em março, afetando 12,1% da população ativa total da zona do euro, apesar dessa média esconder dados dramáticos em alguns países: 27,16% na Espanha, 27,2% na Grécia. Esses dados reacenderam o debate sobre a idoneidade das políticas de austeridade adotadas desde o começo da crise da dívida, destinadas a sanear as finanças públicas.

Draghi pediu mais uma vez aos governos da zona do euro que não diminuam seus esforços para "intensificar a aplicação das reformas estruturais a nível nacional" e para a redução dos déficits públicos, se concentrando mais em cortar gastos que em aumentar impostos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)