Depois de um rombo recorde nos quatro primeiros meses do ano, a balança comercial deverá fechar maio com superávit, disse hoje a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres. O resultado positivo, no entanto, será menor que o esperado por causa do atraso no registro de importações da Petrobras ocorridas no ano passado.
Nos últimos meses, a balança comercial (diferença entre exportações e importações) tem registrado déficits ou baixos superávits por causa do registro de US$ 4,5 bilhões em operações de compras de combustíveis da Petrobras. As importações foram feitas ao longo do ano passado, mas só começaram a ser computadas na balança comercial em dezembro.
No entanto, de acordo com o MDIC, toda a diferença ainda não foi registrada. “Dos US$ 4,5 bilhões previstos, até agora registramos US$ 3,5 bilhões [na balança comercial]. Somente em abril, foram US$ 847 milhões, mas ainda resta US$ 1 bilhão”, declarou a secretária de Comércio Exterior. Segundo ela, apenas a Petrobras e a Receita Federal podem informar os motivos do atraso.
Apesar do impacto das compras da Petrobras, Tatiana Prazeres manteve a projeção de que o país vai exportar mais do que importar em maio. De acordo com ela, os embarques de grãos, principalmente de soja, impulsionarão o saldo da balança comercial este mês.
Para 2013, a secretária também disse que o país deverá fechar o ano com superávit, mas não forneceu números. “Embora tenhamos tido déficit no primeiro quadrimestre, nossa expectativa é obter superávit a partir de maio. A balança comercial deverá fechar 2013 com resultado positivo”, disse.
Até agora, o MDIC não estabeleceu nenhuma meta de exportações para 2013. Tradicionalmente, o ministério não estipula meta para o saldo da balança comercial, mas define um valor mínimo para as exportações.