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Estado de Minas

Brasileiro vence disputa com mexicano e vai assumir direção-geral da OMC

Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, teve apoio do grupo Brics nas eleições


postado em 07/05/2013 14:18 / atualizado em 07/05/2013 16:17

Embaixador brasileiro foi chefe do Departamento Econômico do Itamaraty(foto: AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI)
Embaixador brasileiro foi chefe do Departamento Econômico do Itamaraty (foto: AFP PHOTO / FABRICE COFFRINI)

Brasília - A Organização Mundial do Comércio (OMC) elegeu nesta terça-feira o novo diretor-geral da entidade. O escolhido é o embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos. Ele disputou com o mexicano Herminio Blanco, de 62. O novo diretor-geral assume o cargo em 31 de agosto substituindo o francês Pascal Lamy. A eleição foi disputada até o último minuto. O número de votos obtido pelo brasileiro só deve ser revelado no fim desta tarde.

Azevêdo teve apoio do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além dos países de língua portuguesa e de várias nações da América Latina, da Ásia e da África. Desde 2008, ele é representante permanente do Brasil na OMC. Azevêdo está diretamente envolvido em assuntos econômicos e comerciais há mais de 20 anos.

“Nossa visão para a Direção-Geral da OMC, que favorece o diálogo e a convergência em torno da revitalização do sistema multilateral de comércio, foi muito bem recebida pelos membros durante a campanha”, disse Azevêdo em entrevista ao seu site oficial. “A candidatura teve uma base de apoios bastante ampla e horizontal, junto a todas as categorias de países”.

O embaixador brasileiro, que é diplomata de carreira, foi chefe do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, de 2005 a 2006, e chefiou a delegação brasileira nas negociações da Rodada Doha da OMC, sobre liberalização de mercados.

Nessa segunda-feira, a União Europeia e a Croácia, que têm 28 votos, fecharam o apoio ao mexicano. Mas os negociadores brasileiros mantiveram o otimismo, pois o processo eleitoral na OMC não envolve apenas o voto. É necessário negociar um acordo que agrade a maioria, eliminando ao máximo o índice de rejeição.

Na eleição da OMC, cada um dos 159 países que integram o órgão vota no nome de sua preferência. Para vencer, é preciso ter um mínimo de 80 votos. A escolha é feita em três etapas.

O processo de eleição para a OMC começou no final de março, com nove candidatos. Na segunda fase, encerrada no dia 25, ficaram cinco. No final de abril, a OMC comunicou que tinham passado à fase final apenas os candidatos do Brasil e do México. Os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e do México, Enrique Peña Nieto, participam diretamente das negociações, dando telefonemas e conversando com os líderes mundiais.

Antes de ser eleito, Azevêdo havia escrito eu seu site oficial que a decisão de lançamento da candidatura foi tomada pela presidente Dilma, após um processo de consultas internas, do qual participaram, entre outros atores, os ministros das pastas mais diretamente ligadas a comércio exterior.

"A decisão do governo brasileiro foi sobretudo pautada pelo desejo nosso de contribuir para a revitalização da OMC e do sistema multilateral, que atravessa um momento especialmente difícil, sobretudo na área de negociações. A evolução do sistema e de suas disciplinas da OMC encontra-se paralisada por impasses graves e, até o momento, insuperáveis entre os Membros. Essa paralisia é particularmente preocupante à luz das incertezas que se apresentam para a economia e o comércio mundial no atual processo de recuperação da crise financeira de 2008 e de suas sequelas", disse.

(foto: Soraia Piva )
(foto: Soraia Piva )


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