A gestão do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo para a direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) será uma "gestão de desafios", na visão do embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). "O principal desafio será dinamizar a OMC e não retomar as rodadas de negociações", afirmou Castro Neves.
"Dinamizar" significa avançar diante de um quadro em que as rodadas com foco na redução de tarifas de importação terminavam sempre em impasses entre países desenvolvidos e emergentes, enquanto os tratados de comércio internacional assinados desde a década de 1990 têm tido caráter mais regulatório. "É um desafio respeitável", completou o presidente do Cebri, exaltando as qualidades profissionais de Azevêdo, seu conhecimento sobre comércio internacional e sobre o funcionamento da OMC.