O governo da França estuda impor uma nova taxa sobre smartphones e ampliar impostos para abranger companhias estrangeiras de transmissão de vídeos, enquanto busca meios de manter o financiamento de seus cinemas, músicas e literatura na era digital.
Um painel do governo francês, criado no último outono (Hemisfério Norte) para recomendar atualizações no que diz respeito aos impostos e ajudas culturais no país, publicou nesta segunda-feira um relatório de 700 páginas cujas recomendações, entre outros pontos, miram fabricantes de eletrônicos como Apple e Samsung, bem como grandes fornecedores de vídeos online, como o YouTube, do Google.
As recomendações vêm à tona no momento em que a França está considerando meios para proteger recursos para suas indústrias culturais, em uma época em que filmes, músicas e livros são cada vez mais distribuídos via novos canais.
A indústria cinematográfica da França, por exemplo, foi apoiada, no ano passado, por mais de 700 milhões de euros advindos de impostos sobre propaganda na televisão, assinaturas de TV paga e ingressos de cinema e teatro. No entanto, esses impostos não se aplicam a serviços de vídeo online, cada vez mais significativos, e lojas com conteúdo estrangeiro, como o iTunes, da Apple. As informações são da Dow Jones.