(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Tecnologia da indústria de tablets e smartphones invade linha branca

As duas maiores fabricantes de linha-branca no país vão ampliar os lançamentos neste ano


postado em 14/05/2013 08:37 / atualizado em 14/05/2013 09:11

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)

A cozinha do brasileiro ficará cada vez mais high-tech. As fabricantes de eletrodomésticos promovem uma verdadeira corrida para adaptar tecnologias da indústria de tablets e smartphones nos lançamentos de geladeiras, fogões e lavadoras. A Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul, começa a vender a partir de agosto, seu ‘smart fogão’, um produto desenvolvido no Brasil e considerado pela empresa o item mais “conectado” do seu portfólio global.

O fogão “Smart Cook” da Brastemp permite ao consumidor baixar 50 receitas em um aplicativo no smartphone e programar o forno para prepará-las automaticamente. É possível, por exemplo, assar um bolo apertando apenas um botão - o forno será pré-aquecido automaticamente e a temperatura será elevada ou reduzida conforme as indicações da receita e o forno desligará sozinho quando o prato estiver pronto. O fogão chega ao varejo com preço sugerido de R$ 4.599. Esse é o segundo eletrodoméstico conectado à internet lançado pela Whirlpool no Brasil. O primeiro foi uma geladeira que permite compartilhar listas de compras com toda a família.

“Estamos entrando na era da conectividade. O consumidor quer se comunicar com o produto”, disse o diretor de Design e Inovação da Whirlpool na América Latina, Mario Fioretti. Para se adaptar a essa tendência, a Whirlpool trouxe profissionais da indústria de tecnologia para trabalhar nos seus quatro centros de inovação no Brasil. “Antes, nossos designers planejavam todo o layout do produto. Desde 2010, esse trabalho envolve também uma equipe que estuda a experiência do usuário para interagir com o produto”, explica Fioretti.

Corrida

As duas maiores fabricantes de linha-branca no país vão ampliar os lançamentos neste ano. A Whirlpool apresenta hoje 32 novos produtos de um total de 160 que lançará no varejo brasileiro - 15% mais que em 2012. Já a Electrolux trará 100 novos produtos neste ano, 30% mais que em 2012.

A aposta em eletrodomésticos tecnológicos é uma tendência também na Electrolux. Desde dezembro de 2010, a empresa oferece produtos da linha “i-kitchen”, que vêm equipados com tecnologia de smartphone, como telas touchscreen, memórias carregadas de receitas e entrada USB. Os produtos ainda são offlines, mas capazes de interagir com o consumidor, segundo a gerente de produto da Electrolux, Luana Inocentes. Criada no centro de desenvolvimento de produtos da Electrolux em Curitiba, a tecnologia será “exportada” para unidades da empresa dos Estados Unidos e na Austrália. “O Brasil é referência em inovação na Electrolux”, disse Luana.

Utilidade

A inclusão de novas tecnologias nos eletrodomésticos só faz sentido se trouxer benefício real ao consumidor, afirmam as fabricantes. “Estamos avaliando produtos com conectividade, mas o benefício precisa ser relevante para o consumidor. Ele não vê utilidade em entrar no Twitter pela geladeira ”, disse Luana. A Whirlpool concorda. “O consumidor não quer firula. Ele quer uma funcionalidade que torne sua vida mais fácil”, disse Fioretti.

A LG oferece produtos “superinteligentes” no exterior, como lavadora e aspirador de pó que podem ser controlados à distância. A empresa, no entanto, entende que a demanda por esse produto ainda é restrita no Brasil. O problema é que a tecnologia vem com preços salgados. “O brasileiro com condições de pagar por uma lavadora que pode ser controlada à distância, por exemplo, já tem um empregado doméstico em casa que faça esse serviço por ele. Então, ainda não sentimos o interesse por esse tipo de funcionalidade”, disse Marcelo Perin, diretor de vendas de linha branca da LG Electronics do Brasil.

Em um cenário de custos mais caros para empregados domésticos, a perspectiva das fabricantes é de que mais consumidores limpem a própria casa e precisem de tecnologia para facilitar a tarefa. Outra tendência é de uma explosão de aparelhos conectados no mundo. A estimativa da Ericsson é que até 2020 existirão 50 bilhões de dispositivos conectando pessoas com outras pessoas ou com objetos, como carros e geladeiras.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)