O empresário Eike Batista, mais uma vez, recorreu nesta terça-feira à superstição que mantém há alguns anos. Eike costuma dizer que o número 63 é o de sorte. Na 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nas propostas enviadas pela empresa dele, a OGX, todos os lances feitos na parte da manhã para aquisições de áreas nas Bacias de Parnaíba, Barreirinhas e Foz do Amazonas, tinham cifras que terminavam com a dezena 63. Na primeira fase da licitação, a atuação da OGX superou as expectativas. A petroleira tem sido penalizada pelo mercado, que questiona a capacidade financeira da empresa de dar conta do investimento necessário para cumprir os projetos relativos a áreas adquiridas em leilões passados.
Apesar da descrença do mercado, a OGX surpreendeu ao participar da primeira etapa da rodada com apetite e concorreu por áreas com petroleiras de grande porte, como Petrobras, Chevron e Exxon. A OGX obteve sucesso em ofertas para áreas das três bacias pelas quais concorreu. Ao todo, pagou cerca de R$ 210 milhões por oito blocos. O maior bônus de assinatura foi de R$ 80.000.163, por um bloco marítimo na Bacia de Barreirinhas, o BAR-M-389, cuja vantagem mínima exigida pela ANP era de R$ 587,9 mil.
O menor bônus foi pago pela OGX na Bacia do Parnaíba, R$ 3.000.063, pelo PN-T-153. Em alguns lances, o empresário concorreu com o desafeto, Rodolpho Landim, presidente da petroleira Ouro Preto, e saiu vitorioso em todas as disputas nas Bacias do Parnaíba e Barreirinhas. Já a Petra Energia, parceira da OGX no Maranhão, levou a melhor em quatro áreas na Bacia do Parnaíba disputadas com Eike.