Uma operação desencadeada pelo Ministério do Trabalho e Emprego em parceria com a Polícia Federal e o Ministério Público do Trabalho libertou 32 trabalhadores rurais, em Sacramento, no Alto Paranaíba. Os empregados de uma carvoaria estavam em condições consideradas análogas à escravidão, segundo avaliação de auditores fiscais.
Na fazenda, os fiscais identificaram situações degradantes relacionadas às condições de trabalho e alojamento, inclusive com a presença de crianças e adolescentes no grupo. Os responsáveis pela fazenda não forneciam equipamentos básicos de segurança para os funcionários, como luvas e roupas adequadas. No mais, a maioria deles não tinha carteira de trabalho assinada e cumpriam jornada excessiva de trabalho, sendo concedida folga aos domingos somente para aqueles que se esforçavam mais.
O denunciante ainda relatou aos fiscais que eles eram impedidos de sair da propriedade que, distante mais de 80 quilômetros por estrada de terra da cidade, contribuía para a permanência deles por longos períodos.
Amanhã, os fiscais devem providenciar a rescisão dos contratos e o acertos dos direitos trabalhistas, além de providenciar o retorno dos trabalhadores para suas cidades. A maioria veio do Norte de Minas. Além disso, devem procurar o proprietário da fazenda para tentar a assinatura de um termo de ajustamento de conduta para solucionar a situação. Caso contrário, terão de entrar na Justiça.
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