Tóquio, 19 - O governo do Japão prometeu, durante conferência neste domingo, 19, que investirá US$ 2 bilhões em projetos de energia e minerais na África, na tentativa de alcançar os anos de investimentos na região já feitos pela China.
O Japão precisa assegurar fontes confiáveis de matérias-primas naturais no longo prazo. O país também quer fornecer tecnologias para investimentos na construção de estradas, ferrovias e dar uma alternativa competitiva às companhias chinesas que ajudaram a potência asiática a se tornar o investidor dominante no continente.
Matéria publicada na última sexta-feira, 17, com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, mostrou que a África cada vez mais atrai investidores. Segundo o texto, na contramão da maioria dos países avançados, que vivem um momento de pessimismo, e de muitos emergentes como o Brasil, que não mostram o vigor de outrora, as economias da África seguem com o pé no acelerador. O continente de 54 países independentes e seis dependências, antes lembrado mais pelas mazelas e conflitos, está cada vez mais atrativo aos olhos dos investidores.
Enquanto os países da América Latina, por exemplo, cresceram em média 3,3% ao ano desde 2008, os países da África subsaariana, que engloba 44 nações ao sul do Deserto do Saara, avançaram 4,8%, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Para este ano, as projeções do FMI são de que a América Latina cresça 3,4%, bem menos do que os 5,6% esperados para a África Subsaariana. Para o Brasil, a expectativa é de expansão ainda menor, de 3%, em 2013, e para as economias avançadas, de 1,2%.