A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou hoje (21), em Brasília, o documento intitulado Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, que estabelece metas e objetivos visando à melhoria da indústria nacional e ao aumento da competitividade até 2022, ano em que o Brasil completa 200 anos de independência.
O documento define que, no período até 2022, a participação dos produtos manufaturados brasileiros deve subir dos atuais 1,7% para 2,2% da produção mundial. O mapa estratégico também prevê que a produtividade média da indústria nacional dobre, no mesmo período. O índice alcançaria 4,5% ao ano, ante a média de 2,3%, alcançada nos últimos 20 anos.
O Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 é resultado de pesquisa de nove meses entre 500 representantes empresariais que, durante esse período, identificaram os fatores-chave para aumentar a capacidade de produção da indústria e ampliar a participação do segmento na economia nacional.
Segundo o presidente da CNI, Robson Andrade, o trabalho desenha a visão da indústria no país e destaca os principais obstáculos do segmento. “O grande desafio é elevar os níveis de produtividade e eficiência, atuando nos fatores-chave de competitividade. A indústria pode ser maior e melhor”, disse.
A seleção dos fatores impactantes levou em consideração o impacto relevante e direto na competitividade da indústria, e a abrangência e durabilidade do impacto do fator-chave, em termos de ganho de produtividade. Além disso, foram destacadas “as oportunidades e ameaças decorrentes das mudanças em curso no Brasil e no mundo com maior impacto na atividade industrial”.
Para atingir percentuais elevados, o estudo destaca que o país precisa de fundamentos macroeconômicos sólidos e percentual de tributos cumulativos que “reduzam as incertezas e geram confiança para o investidor”.
Para isso, foram identificados dez fatores-chave “capazes de garantir a produtividade e competência da indústria na próxima década”. São eles: educação; ambiente macroeconômico; eficiência do Estado; segurança jurídica e burocracia; desenvolvimento de mercados; relações de trabalho; financiamento; infraestrutura; tributação; e inovação e produtividade.
Segundo o estudo, os requisitos selecionados têm impacto relevante e direto na competitividade da indústria nacional por terem abrangência e durabilidade em termos de ganho de produtividade.