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Estado de Minas

Ritmo fraco de desenvolvimento econômico também no estado


postado em 30/05/2013 07:10 / atualizado em 30/05/2013 07:07

O desempenho da atividade econômica fraco no início do ano vai se refletir em Minas Gerais no trimestre. O PIB mineiro, que só será conhecido na semana que vem, deve ficar abaixo da média nacional, tendo como base a expectativa de setores no estado. A agropecuária responde por cerca de 9% da produção de bens e serviços em Minas, representando mais de três pontos percentuais acima do Brasil e já indica resultados bem piores que os nacionais (9,7%), segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). A instituição projeta um crescimento de no máximo 2% do setor de janeiro a março.


A justificativa, segundo o coordenador da Assessoria Técnica da Faemg, Pierre Santos Vilela, está na queda da safra de Minas. A colheita deve ser menor no período e os preços dos grãos estão mais baixos que os do ano passado. “Com o atraso das chuvas, do plantio da safra e o veranico entre o fim de janeiro e fevereiro, em várias regiões, tivemos um volume menor e, por isso, não esperamos o mesmo desempenho do país”, explica. Vilela reforça, ainda, que a safra mineira tende alcançar 11,8 milhões de toneladas, e mesmo assim está sujeita a revisões para baixo.


A indústria, por sua vez, pode contribuir positivamente para o crescimento de Minas, mas os dados sobre o comportamento do setor no primeiro trimestre ficaram abaixo das previsões da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). O faturamento das empresas cresceu 0,9%, indicando uma performance superior à do Brasil, que entrou no vermelho, em 0,3%, de acordo com o IBGE. A produção das fábricas contribui com 30% da estrutura da economia mineira, enquanto no Brasil tem participação de 26,8%.


O presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Fiemg, Lincoln Gonçalves Fernandes, afirma que o principal problema do setor no primeiro trimestre foi a combinação de estoques que voltaram a ser acumulados e preços baixos. “Os setores com maiores perdas foram os de produtos de metal e o siderúrgico, que devem se recuperar ao longo do ano”, diz. Para 2013, Fernandes espera números melhores que os do ano passado, mas afirma que o PIB não deverá crescer os 4,5% estimados pelo governo. “Nós revisamos para 3% e esperamos que o PIB mineiro fique próximo à média nacional no fechamento do ano.”


Outra dificuldade particular de Minas pode estar na dependência das chamadas commodities, produtos básicos e minerais com preços cotados no mercado internacional e exportados em grande quantidade pelo estado. Para a economista da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Ana Paula Bastos, o fato de ter havido uma queda nas exportações no Brasil no primeiro trimestre pode fazer com que a economia mineira não acompanhe a do resto do país.


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