A Apple se apresentou nesta segunda-feira à justiça em Nova York, acusada de ter conspirado com cinco grandes editoras nos Estados Unidos para elevar os preços dos e-books em detrimento dos consumidores.
O julgamento, presidido pela juíza Denise Cote, teve início às 9h30 (10h30 no horário de Brasília). As audiências devem ser repartidas por três semanas, com apelações finais programadas para 20 de junho. O grupo é o único a responder por seus atos perante os tribunais, já que as cinco editoras envolvidas preferiram um acordo amigável com as autoridades.
A francesa Hachette, as americanas HarperCollins (grupo News Corp) e Simon&Schuster (CBS), a britânica Penguin (Pearson) e uma subsidiária da alemã Bertelsmann, Macmillan, concordaram em mudar suas práticas e pagar um total de aproximadamente 170 milhões de dólares em multas e restituição aos consumidores lesados.
A Apple é acusada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de desempenhar um papel central de coordenação em um acordo com as editoras para aumentar o preço dos livros eletrônicos ao preparar o lançamento em 2010 do seu tablet iPad.
O mercado era então dominado pela Amazon e por seu Kindle, lançado em 2007. Mas a varejista online tinha imposto um preço de varejo de US$ 9,99, considerado muito baixo pelas editoras. Segundo a acusação, a Apple obrigou seus consumidores americanos a "pagar dezenas de milhões de dólares a mais" por seus livros eletrônicos, fazendo os preços aumentaram para entre 12,99 e 14,99 dólares.