O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, fechou o mês maio em 0,18%, taxa inferior ao 0,59% de abril. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IPC-C1 de maio também foi menor do que o Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda e fechou o mês em 0,32%.
O recuo da inflação medida pelo IPC-C1 foi causado por taxas menores em cinco grupos de despesas, entre eles os alimentos, cuja taxa caiu de 0,98% em abril para 0,26% em maio. A queda do grupo alimentação foi puxada, principalmente, pelo item hortaliças e legumes, que passaram de uma inflação de 5,78% em abril para uma deflação (queda de preços) de 1,2%.
Outros grupos que registraram queda no índice de inflação foram saúde e cuidados pessoais (que passou de 1,63% em abril para 0,74% em maio), habitação (de 0,34% para 0,29%) e despesas diversas (de 0,21% para 0,17%). O grupo transportes teve, em maio, uma queda de preços ainda mais acentuada que em abril. A taxa de inflação passou de -0,06% para -1,02% no período.
Em contrapartida, três grupos de despesa apresentaram aumento da taxa entre abril em maio: comunicação (passou de -0,78% para -0,16%), educação, leitura e recreação (de -0,47% para 0,12%) e vestuário (de 0,83% para 0,87%).
No acumulado do ano, a inflação medida pelo IPC-C1 registra alta de 2,7% e, nos últimos 12 meses, alta de 6,52%.