O Banco Central (BC) manteve nesta terça-feira, dia de intensa volatilidade, a estratégia de atuar no mercado de câmbio para conter a alta da moeda americana, que chegou a ultrapassar o patamar de R$ 2,16 por volta das 9h30 (horário de Brasília). O órgão realizou dois leilões de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro.
Às 15h31, a moeda caía 0,56%, a R$ 2,136, na menor cotação do dia. Ontem, os dois leilões de venda de dólares no mercado futuro foram insuficientes para reverter a desvalorização do câmbio. A moeda fechou o dia em R$ 2,1479, com alta de 0,71%.
Nos últimos dias, a alta da cotação da moeda americana ocorreu devido a indicação de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) reduzirá os estímulos monetários que têm impulsionado a economia dos Estados Unidos nos últimos anos. Com a diminuição do volume de dólares em circulação, a moeda torna-se mais cara, o que afeta as cotações em todo o mundo.
Além dos leilões de dólares no mercado futuro, o governo brasileiro anunciou, no início deste mês, a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%.
A mudança estimula a entrada de recursos externos e, por consequência, ajuda a conter a alta do dólar. Um dólar mais estável é importante como uma das ferramentas para ajudar o governo a combater a inflação com o auxílio de produtos importados. Se o dólar está mais alto, os preços de produtos importados mais elevados são repassados aos consumidores no mercado interno.
Bovespa chega a cair 3%
Após uma queda de mais de 3% no começa da tarde desta terça-feira, por volta das 13h04, a Bovespa recuou 1,94% a 50.322 pontos. Na sessão, o índice chegou a 49.708 pontos. A preocupação dos investidores com as referências econômicas negativas do Banco do Japão e do Banco Central Europeu (BCE), influenciaramas bolsas de todo o mundo.
Com agências