A economia andou de marcha à ré em Minas Gerais no primeiro trimestre, enfrentando queda de 1,2% frente ao período de outubro a dezembro de 2012, como reflexo do verdadeiro inferno astral da produção de bens e serviços do estado, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB). Foi a primeira taxa trimestral negativa apurada pela Fundação João Pinheiro nos últimos quatro anos, desde o começo de 2009, quando a crise financeira mundial batia às portas das empresas. De janeiro a março daquele ano, o PIB de Minas encolheu 5,2%. O resultado de 2013 interrompeu uma série de indicadores superiores à média nacional, já que o PIB do Brasil cresceu no primeiro trimestre, embora modestos 0,6%.
De uma só vez, o PIB mineiro sofreu com a retração de 7,2% da mineração de ferro, setor que tem grande peso na atividade econômica estadual, e o mau desempenho generalizado da indústria, especialmente de segmentos que contribuem mais para a economia de Minas que a do Brasil. O ritmo das fábricas acabou recuando 5,2%. Como se não bastassem as más notícias, houve corte de 9,4% na distribuição de energia elétrica, devido à redução do nível de armazenamento de água no reservatório do lago de Furnas, no Sul de Minas. O estado também não pôde contar com o agronegócio, que salvou o país no primeiro trimestre, uma vez que o segmento registrou diminuição de 0,2%, em consequência das perdas nas lavouras do feijão, atacadas pela praga da mosca-branca.
Alguns fatores conjunturais, como as férias coletivas que a indústria automotiva adiou para o início de 2013, ajudam a explicar o encolhimento da economia, lembrou Thiago Rafael Corrêa de Almeida, especialista em políticas públicas e gestão governamental da Fundação João Pinheiro. A produção mineira de automóveis caiu 14,8% em relação ao trimestre anterior. Na comparação dos últimos 12 meses terminados no primeiro trimestre, Minas cresceu 1,9%, menor taxa desde 0,3% na mesma base do primeiro trimestre de 2010. “Esperávamos que houvesse uma retração do PIB de Minas, mas a magnitude dos números nos pegou de surpresa no trimestre”, afirmou.
As empresas de prestação de serviços encerraram o trimestre com ligeira evolução de 0,5%, impulsionada pela recuperação das vendas do comércio, de 1%. O transporte acompanhou a queda da produção industrial, encolhendo 1,7%, por conta da movimentação menor de cargas industriais, a exemplo do minério de ferro, e de produtos agrícolas. A crise na Europa, a desaceleração americana e da China já vinham sacrificando a produção industrial mineira, sobretudo de bens minerais e produtos siderúrgicos. A metalurgia básica refletiu o cenário desfavorável no trimestre, com retração de 7%. O resultado já era esperado pelo presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, que classificou de preocupante o comportamento do PIB estadual. “É um sinal amarelo que se acende, porque pode se tornar tendência. Diria que uma razão para cautela, não desespero”, disse.
Para a indústria da mineração, 2013 já configura ambiente de preços baixos das commodities (bens minerais e metálicos cotados no mercado internacional), combinados à indefinições sobre como será o novo marco regulatório do setor e as dificuldades que as empresas têm encontrado para obter licenças ambientais, observa o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), José Fernando Coura. “Se os programas de concessões na área de infraestrutura deslancharem, parte da indústria da mineração está pronta para ser fornecedora, o que pode salvar alguns dos resultados no ano que vem”, afirma.
Mas Thiago Almeida destaca os sinais de recuperação da produção da indústria de Minas em abril, que cresceu 2,8% ante março, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outro indicador favorável está na melhora de desempenho dos fabricantes de máquinas e equipamentos, que registraram expansão de 36% no primeiro trimestre, comparado aos três meses anteriores, na série de dados sem ajuste sazonal.
De uma só vez, o PIB mineiro sofreu com a retração de 7,2% da mineração de ferro, setor que tem grande peso na atividade econômica estadual, e o mau desempenho generalizado da indústria, especialmente de segmentos que contribuem mais para a economia de Minas que a do Brasil. O ritmo das fábricas acabou recuando 5,2%. Como se não bastassem as más notícias, houve corte de 9,4% na distribuição de energia elétrica, devido à redução do nível de armazenamento de água no reservatório do lago de Furnas, no Sul de Minas. O estado também não pôde contar com o agronegócio, que salvou o país no primeiro trimestre, uma vez que o segmento registrou diminuição de 0,2%, em consequência das perdas nas lavouras do feijão, atacadas pela praga da mosca-branca.
Alguns fatores conjunturais, como as férias coletivas que a indústria automotiva adiou para o início de 2013, ajudam a explicar o encolhimento da economia, lembrou Thiago Rafael Corrêa de Almeida, especialista em políticas públicas e gestão governamental da Fundação João Pinheiro. A produção mineira de automóveis caiu 14,8% em relação ao trimestre anterior. Na comparação dos últimos 12 meses terminados no primeiro trimestre, Minas cresceu 1,9%, menor taxa desde 0,3% na mesma base do primeiro trimestre de 2010. “Esperávamos que houvesse uma retração do PIB de Minas, mas a magnitude dos números nos pegou de surpresa no trimestre”, afirmou.
As empresas de prestação de serviços encerraram o trimestre com ligeira evolução de 0,5%, impulsionada pela recuperação das vendas do comércio, de 1%. O transporte acompanhou a queda da produção industrial, encolhendo 1,7%, por conta da movimentação menor de cargas industriais, a exemplo do minério de ferro, e de produtos agrícolas. A crise na Europa, a desaceleração americana e da China já vinham sacrificando a produção industrial mineira, sobretudo de bens minerais e produtos siderúrgicos. A metalurgia básica refletiu o cenário desfavorável no trimestre, com retração de 7%. O resultado já era esperado pelo presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, que classificou de preocupante o comportamento do PIB estadual. “É um sinal amarelo que se acende, porque pode se tornar tendência. Diria que uma razão para cautela, não desespero”, disse.
Para a indústria da mineração, 2013 já configura ambiente de preços baixos das commodities (bens minerais e metálicos cotados no mercado internacional), combinados à indefinições sobre como será o novo marco regulatório do setor e as dificuldades que as empresas têm encontrado para obter licenças ambientais, observa o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), José Fernando Coura. “Se os programas de concessões na área de infraestrutura deslancharem, parte da indústria da mineração está pronta para ser fornecedora, o que pode salvar alguns dos resultados no ano que vem”, afirma.
Mas Thiago Almeida destaca os sinais de recuperação da produção da indústria de Minas em abril, que cresceu 2,8% ante março, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outro indicador favorável está na melhora de desempenho dos fabricantes de máquinas e equipamentos, que registraram expansão de 36% no primeiro trimestre, comparado aos três meses anteriores, na série de dados sem ajuste sazonal.