Depois de atingir a maior cotação desde 30 de abril de 2009 na véspera, a moeda dos Estados Unidos avança nesta terça-feira. O dólar chegou a bater o patamar de R$ 2,18 e o Banco Central voltou a fazer intervenção no mercado de câmbio. Às 9h40, o BC anunciou a primeira operação de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro. Logos após anunciar os resultados desse leilão, às 10h10, o BC decidiu fazer mais uma intervenção.
Por volta das 9h50 (horário de Brasília), o dólar registrava alta de 0,87%, cotado a R$ 2,1850 para a venda. Após a intervenção do BC, a moeda subiu menos, a alta era de 0,21%, a R$ 2,171. Ontem, a moeda fechou a R$ 2,1661, maior cotação em mais de quatro anos.
Todos os 30 mil contratos ofertados, com vencimento em 1º de agosto, foram negociados. No total, foram US$ 1,498 bilhão. Outros 30 mil contratos foram ofertados e negociados, com vencimento em 2 de setembro de 2013. O valor ficou em US$ 1,496 bilhão.
No segundo leilão, os 20 mil contratos com vencimento em 2 de setembro foram negociados. No total, foram US$ 996,6 milhões. Dos outros 20 mil contratos ofertados, 10,2 mil foram negociados, com vencimento em 1º de outubro. O valor chegou a US$ 507,1 milhões.
Ontem, o BC injetou quase US$ 2 bilhões no mercado de câmbio depois que o dólar atingiu R$ 2,1728. A venda dos dólares no mercado futuro suavizou a alta. O dólar comercial fechou em R$ 2,1661 para venda, alta de 0,84%, o maior valor desde 30 de abril de 2009.
Na semana passada, o BC promoveu quatro intervenções no mercado de câmbio, vendendo dólares no mercado futuro, quando a moeda ultrapassou R$ 2,15. O governo também retirou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1% cobrado sobre a venda de moeda estrangeira no mercado futuro para aumentar a oferta e segurar a cotação.
A alta da cotação do dólar nas últimas semanas ocorreu devido à indicação de que o Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, reduzirá os estímulos monetários que têm impulsionado a economia dos Estados Unidos nos últimos anos. Se isso se confirmar, haverá diminuição do volume de dólares em circulação. Com a redução, a moeda fica mais em todo o mundo.
Bovespa
Após dois dias de baixa, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) opera queda nesta terça-feira. Às 11h13 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,63%, aos 48.779 pontos. Ontem, o índice fechou em baixa de 0,49%, a 49.088 pontos, puxada pelas ações do Grupo EBX, do empresário Eike Batista.
No mesmo horário, a petroleira OGX, registrava perda de 2,44%, cotada a R$ 0,80, a MMX recuava 4,80%, a R$ 1,19, CCX com queda de 35,14%, a R$ 1,20 e a OSX, com desvalorização de 1,95%, cotada a R$ 2,01.
(Com Agência Brasil)