Os dados do fluxo cambial para a primeira quinzena de junho mostram que a principal mudança foi no segmento comercial, em que são registradas importações, exportações e operações de crédito para as vendas externas. Anteriormente, essas operações estavam ajudando a abastecer o mercado brasileiro com moeda estrangeira.
No ano, o comércio foi responsável por uma entrada de US$ 18,6 bilhões, que compensou parcialmente a saída de US$ 6,5 bilhões no segmento financeiro, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados nesta quarta-feira, 19. Na semana passada, o saldo do comércio ficou negativo em US$ 400 milhões. Neste mês, a saída somou US$ 101 milhões.
A entrada de dólares para operações de crédito ao exportador caiu nas duas principais modalidades registradas pelo BC. No Pagamento Antecipado (PA), recuou de uma média de US$ 731 milhões por dia útil em maio para US$ 183 milhões por dia útil em junho até dia 14 (-75%). No Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC), a redução foi de US$ 229 milhões, para US$ 174 milhões na mesma comparação (-24%).
No total, as exportações diminuíram 45% na comparação entre a média por dia útil, enquanto o valor das importações ficou estável. Os números do BC também indicam que aumentou o fluxo de operações financeiras. A média diária de entrada de recursos no segmento cresceu 70% frente à média diária de maio (US$ 1,614 bilhão) para a média de junho até dia 14 (US$ 2,745 bilhões). O fluxo de saída aumentou 55% na mesma comparação, de US$ 1,773 bilhão para US$ 2,742 bilhões.