A Minascon/Construir Minas 2013 – Feira Internacional da Construção, evento unificado da construção civil, teve início ontem no Expominas e deve receber 40 mil visitantes até sábado. Profissionais do setor, fornecedores e empresários são esperados para participar de uma programação qualificada, que conta com palestras, debates e cursos voltados para os interesses da indústria da construção. No total, são esperadas mais de 300 empresas nacionais e internacionais, que devem gerar R$ 120 milhões em negócios nos quatro dias de feira.

O evento, segundo Teodomiro Diniz Camargos, presidente da Câmara da Indústria da Construção e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), reforça a busca do setor pela qualidade, sustentabilidade e produtividade, e antecede um segundo semestre que será positivo. “A nossa estimativa é de crescer 2,9% este ano”, lembra. No ano passado, a expansão do setor foi de 1,4%, segundo dados do valor adicionado divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Minas Gerais, o setor teve um crescimento médio anual, no período de 2004 a 2012, superior a 5,5%, de acordo com dados do valor adicionado divulgados pela Fundação João Pinheiro.

Embora o cenário macroeconômico seja de incertezas, que preocupam os investidores, compradores e contratantes, Teodomiro garante que a projeção deve ser cumprida. “Mesmo com a alta do dólar e a inflação voltando, estamos otimistas porque temos um aumento no número de lançamentos, de vendas e obras que se firmam”, diz. “Minas Gerais tem um potencial maior que o do Brasil. Nos últimos nove anos, o crescimento foi bem maior que a média nacional”, acrescenta. A justificativa, segundo ele, é o próprio mercado mineiro, que reúne “muitos investimentos em obras públicas, mas também em obras privadas”.

Dados preliminares do PIB-MG demonstram que a construção civil mineira cresceu 1,2% nos primeiros três meses de 2013 em relação a igual período do ano anterior. Já o crescimento do 1º trimestre de 2013 em relação ao 4º trimestre de 2012 foi de 0,7%. Os resultados foram melhores do que os observados pela construção nacional.