A moeda dos Estados Unidos opera em alta nesta quinta-feira pelo quarto dia seguido. Pela manhã, o Banco Central (BC) voltou a intervir no mercado de câmbio. Às 9h20, anunciou leilão de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro. Perto das 13h (horário de Brasília), o dólar avançava 2,03%, a R$ 2,265, nova máxima em mais de quatro anos. Mais adiante, reduziu um pouco a alta ante o real, cotado a R$ 2,252, por volta das 13h50.
O BC negociou todos os contratos ofertados no leilão. Foram 30 mil contratos com vencimento em 2 de setembro e outros 30 mil, em 1º de outubro. O valor total da primeira data de vencimento ficou em US$ 1,495 bilhão, e no segundo caso, US$ 1,491 bilhão.
Ontem, as indicações do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, de que deverá reduzir o ritmo de ajuda monetária para a economia dos Estados Unidos fizeram o dólar fechar acima de R$ 2,20 pela primeira vez em quatro anos. O dólar comercial encerrou o dia em R$ 2,2205 para venda, com alta de 1,94% e na maior cotação desde 27 de abril de 2009.
Durante boa parte desta quarta-feira, o câmbio operou em queda, chegando a atingir R$ 2,1691 por volta das 15h, patamar mínimo do dia. Logo depois, no entanto, saiu o comunicado da reunião do Fed. A cotação então inverteu a tendência e subiu expressivamente no fim da tarde.
Em entrevista coletiva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que os técnicos da pasta ainda estavam analisando o comunicado do Fed. Segundo ele, as turbulências no câmbio nas últimas semanas decorrem do fato de existirem dúvidas sobre a velocidade do ajuste monetário.
(Com Agência Brasil)