As intervenções do Banco Central (BC) não conseguiram impedir a alta da moeda norte-americana. O dólar comercial subiu 1,69%, encerrando a sessão a R$ 2,258 para venda. Foi o quinto dia seguido que o câmbio se desvalorizou e a maior cotação desde 1º de abril de 2009, quando o dólar tinha fechado em R$ 2,281 para venda.
Pela manhã, o BC injetou US$ 2,986 bilhões vendendo dólares no mercado futuro. No início da tarde, a autoridade monetária promoveu um leilão de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra.
Os leilões não inverteram a valorização da moeda norte-americana. Por volta das 16h, o dólar comercial atingiu R$ 2,2725, na máxima do dia. Nos minutos seguintes, a cotação desacelerou um pouco até cair abaixo de R$ 2,26.
Ontem (19), o presidente do Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, Ben Bernanke, declarou que a instituição pode diminuir os estímulos monetários até o fim do ano caso a economia dos Estados Unidos continue a se recuperar. A expectativa do fim da política expansionista tem provocado turbulências no sistema financeiro global nas últimas semanas. Caso a ajuda diminua, o volume de moeda norte-americana em circulação cai, aumentando o preço do dólar em todo o mundo.