O Ministério da Agricultura propôs a Câmara de Comércio Exterior (Camex) a isenção até dezembro da incidência da Tarifa Externa Comum (TEC) nas importações de feijão, para aumentar a oferta do grão no mercado interno e aliviar a pressão da alta de preços sobre os índices inflacionários. A alíquota de 10% da TEC incide nas importações feitas de países fora do Mercosul -formado por Uruguai, Paraguai, Argentina e Venezuela.
Por causa de problemas climáticos, os preços do feijão estão subindo desde o ano passado. O preço do feijão no atacado passou de R$ 140/saca em maio de 2012 para R$ 160/saca em janeiro deste ano e atualmente está na faixa de R$ 180/saca.
Produção
A alta de preços se deve à queda da produção da primeira safra, que ficou 5,7% abaixo da colhida no início do ano passado. Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, mostram que no primeiro semestre os preços do feijão preto subiram 10,99% e os da variedade carioca cresceram 47,77%. A intenção do governo é ampliar as alternativas de importação por parte dos cerealistas, que tradicionalmente compram o produto da Argentina(que estaria com problemas climáticos) e da China. O produto chinês chega ao Brasil a preços competitivos mesmo com a TEC de 10%.