A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve chegar a 5,86%, este ano. A projeção é de analistas do mercado financeiro consultados todas as semanas pelo Banco Central (BC). A estimativa divulgada na semana passada era 5,83%. Essa foi a segunda alta seguida na projeção. Para 2014, segue a expectativa de 5,80%, há seis semanas seguidas.
As projeções para a inflação neste ano e em 2014 estão acima do centro da meta de 4,5% e abaixo do limite superior (6,5%). Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e um dos principais instrumentos para influenciar a atividade econômica e calibrar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic.
De acordo com a expectativa das instituições financeiras, a taxa Selic deve chegar ao final de 2013 e de 2014 em 9% ao ano.
A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que foi ajustada de 4,92% para 4,98%, este ano, e mantida em 5%, no próximo ano.
A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 4,60% para 4,72%, este ano, e de 5,17% para 5,20%, em 2014.
O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) deve ficar em 4,58%, contra 4,49% previstos na semana passada. Para 2014, houve ajuste de 5,28% para 5,23%, em 2014.
A estimativa para os preços administrados caiu de 2,75% par 2,65%, em 2013, e segue em 4,2%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.
PIB
A projeção de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia continua a cair. De acordo com a pesquisa semanal do Banco Central (BC), a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu pela sexta vez seguida, ao passar de 2,49% para 2,46%. Para 2014, a projeção caiu de 3,2% para 3,1%.
A expectativa para o crescimento da produção industrial passou de 2,50% para 2,56%, este ano, e de 3,2% para 3,1%, em 2014.
A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB segue 35%, tanto para 2013 quanto para o próximo ano.
A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 2,10 para R$ 2,13, este ano, e de R$ 2,15 para R$ 2,20, no fim de 2014. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 6,55 bilhões para US$ 6,5 bilhões, este ano, e de US$ 9 bilhões para US$ 8 bilhões, em 2013.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa passou de US$ 73,66 bilhões para US$ 73,76 bilhões, este ano, e de US$ 78,5 bilhões para US$ 79 bilhões, em 2014.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões, tanto para 2013 quanto para o próximo ano.