A moeda dos Estados Unidos iniciou o pregão desta quinta-feira em queda em relação ao real. Por volta das 12h (horário de Brasília), o dólar recuava 0,13%, cotado a R$ 2,187 na venda. Ontem, a moeda voltou a cair pela quarta sessão consecutiva após intervenções do Banco Central e encerrou o dia vendida a R$ 2,1894, com queda de 1,02%. Foi a primeira vez, desde o dia 19, que o câmbio fechou abaixo de R$ 2,20.
Na noite de terça-feira, o Banco Central eliminou o compulsório sobre a posição vendida de câmbio. Com a medida, os bancos deixarão de recolher ao BC parte dos valores aplicados em apostas de que o dólar vai cair. De acordo com o órgão, a medida aumentará a oferta de dólares no mercado futuro, aliviando a pressão sobre a moeda norte-americana registrada nas últimas semanas. A medida só valerá a partir da publicação no Diário Oficial da União, cuja data ainda não foi anunciada. O BC, no entanto, definiu que o período de cálculo dos valores a serem recolhidos começará em 1º de julho.
Na última quinta-feira, o dólar comercial fechou em R$ 2,258, maior valor desde 1º de abril de 2009. Há um mês, o mercado financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta.
A instabilidade agravou-se depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, há uma semana, que a instituição pode diminuir a compra de ativos até o fim do ano, caso a economia dos Estados Unidos continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de moeda norte-americana em circulação cai, aumentando o preço do dólar em todo o mundo.
Desde ontem, no entanto, o ambiente externo melhorou depois de membros do Fed terem indicado que não reduzirão as injeções de dólares tão cedo. Além disso, o Banco Central chinês acalmou os investidores quanto a uma eventual crise de liquidez no país, garantindo sua intenção de intervir, se for necessário. (Com Agência Brasil)