(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

IPI da linha branca sobe na próxima segunda-feira, diz Guido Mantega

Governo elevará o imposto em julho e as novas faixas devem vigorar até setembro. Expectativa é arrecadar R$ 118 milhões


postado em 28/06/2013 06:00 / atualizado em 28/06/2013 06:48

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem um aumento gradual nas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca, móveis, painéis e luminárias. Com essa decisão, o governo abrirá mão de arrecadar R$ 307,5 milhões nos próximos três meses. A medida valerá até setembro, quando os tributos devem ser reajustados aos percentuais normais. Apesar disso, Mantega não descartou novas prorrogações nos percentuais do imposto e disse que levará em conta a inflação, o ritmo de arrecadação e o desempenho dos setores.

Para os fogões, o IPI, que estava em 2% desde fevereiro, subirá para 3% entre julho e setembro. No caso de geladeiras e refrigeradores, a alíquota de 7,5% será elevada para 8,5%. No caso dos tanquinhos, o imposto de 3,5% subirá para 4,5%. Os móveis, painéis e laminados, que estão até domingo com a alíquota de 2,5%, terão um novo imposto de 3%. O tributo cobrado sobre luminárias e lustres passou de 7,5% para 10%. Já o papel de parede saiu de 10% para 15% de IPI. O único produto que terá uma alíquota definitiva é a máquina de lavar roupas: 10%. Com a medida, o governo espera arrecadar R$ 118 milhões nos próximos três meses.

Mantega descartou novas reduções nas alíquotas de impostos e disse que o programa de redução de impostos já estava fechado. “Novas desonerações ficam para depois. Temos que melhorar nossa arrecadação e o desempenho fiscal”, disse. Ele também ressaltou que, durante a conversa que teve com representantes do setor, ficou acordado que esse reajuste seria absorvido pelos empresários para que não ocorra aumento de preços. “Tanto o varejo quanto os industriais farão o esforço para acomodar o aumento nos preços atuais para não prejudicar as vendas e elevar a inflação”, comentou.

REIVINDICAÇÕES

Presente no encontro, a presidente da Magazine Luiza e vice-presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo, Luiza Helena Trajano, destacou que o desejo do setor era de que não houvesse aumento, mas disse que estava ciente da necessidade de o país fazer um ajuste fiscal para melhorar as contas. Apesar disso, ela ressaltou que o preço dos insumos para os produtos, entre eles do aço, pressionava os industriais a fazer reajustes.

Ela destacou que, se nada fosse feito para conter o aumento no custo da matéria-prima e, somado a isso, as alíquotas de IPI voltassem aos padrões normais, o repasse para os consumidores seria inevitável e pressionaria a inflação. Mantega ressaltou que está preocupado com os aumentos de preço que ocorreram com os principais insumos do setor. "Estamos vendo o que podemos fazer para que produtos caiam e não subam, diminuindo custos para a indústria brasileira que utiliza aço", afirmou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)